Preço do Café dispara mais de 50% e deve continuar em alta nos próximos meses

Inflação e condições climáticas impactam diretamente o valor do grão nos supermercados
O café, uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros, registrou um aumento expressivo nos preços nos últimos 12 meses, atingindo uma alta acumulada de 50,35% até janeiro.
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apenas entre dezembro de 2024 e janeiro deste ano, o valor do produto subiu 8,56%, tornando-se um dos itens que mais pressionam a inflação no país. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11).
Preço do café deve subir ainda mais nos próximos meses
A tendência de alta não deve desacelerar tão cedo. De acordo com estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), os preços do café podem sofrer um novo reajuste de até 25% nos supermercados nos próximos dois meses. O cenário preocupa tanto consumidores quanto comerciantes, uma vez que o café é um item essencial no dia a dia dos brasileiros.
O que está por trás do aumento do café?
Especialistas apontam que os principais fatores responsáveis pela disparada dos preços são as condições climáticas adversas, especialmente a seca intensa e as altas temperaturas que prejudicaram as lavouras. A redução da oferta do grão no mercado impacta diretamente os custos de produção e, consequentemente, os preços finais ao consumidor.
Além disso, o cenário inflacionário global e a valorização do dólar frente ao real também influenciam os preços do café no Brasil, já que parte da produção nacional é exportada, reduzindo a disponibilidade interna do produto.
Inflação dos alimentos mostra desaceleração, mas café segue em alta
Apesar do aumento no preço do café, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a inflação de alimentos apresentou uma leve desaceleração na passagem de dezembro para janeiro, reduzindo de 1,18% para 0,96%.
Essa queda foi influenciada, principalmente, pela redução dos preços da batata-inglesa (-9,12%) e do leite (-1,53%), itens que ajudaram a aliviar a pressão inflacionária sobre a cesta básica. No entanto, além do café moído, a cenoura (+36,14%) e o tomate (+20,27%) também figuram entre os produtos com maior alta no período.
O que esperar dos preços do café nos próximos meses?
Com a previsão de novas elevações, consumidores podem buscar alternativas para economizar, como comparar preços em diferentes estabelecimentos e optar por marcas mais acessíveis. A expectativa do mercado é que os preços só se estabilizem quando houver melhora nas condições climáticas e uma recuperação da produção nacional.
Enquanto isso, o café segue pesando no bolso do consumidor, reforçando a necessidade de planejamento para driblar os impactos da inflação no orçamento.
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