Caiado: ‘É para cortar o que está caro, Lula? Então vamos cortar o PT’; VÍDEO!
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), fez duras críticas à recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o combate à inflação.
Em um vídeo publicado na última sexta-feira (7) em suas redes sociais, Caiado ironizou a sugestão de Lula para que os brasileiros deixem de comprar alimentos caros como forma de controlar os preços.
Segundo o governador, se a lógica do presidente for levada ao pé da letra, a melhor maneira de reduzir os custos para o Brasil seria eliminar o próprio governo petista.
'Se é para cortar o que está caro, cortemos o PT', diz Caiado
Em tom provocativo, Caiado afirmou que a gestão do PT representa o maior peso para o país, associando a alta dos preços à administração federal. "Se a solução do Lula para conter a inflação é cortar o que está caro, então a melhor escolha é cortar o PT", declarou o governador, que já sinaliza interesse em disputar a Presidência da República nas eleições de 2026.
Ele ainda lembrou promessas de campanha do petista, como a redução no preço da carne bovina, especialmente da picanha.
"O brasileiro foi dormir sonhando com a picanha e acordou sem poder comprar nem uma caixa de ovos", alfinetou. Para Caiado, a alta dos preços é resultado de gastos excessivos do governo federal, que pressionam a inflação sem apresentar soluções concretas para a crise econômica. "Mas esses gastos Lula não quer cortar. Prefere repassar a conta para o povo pagar", completou.
É para cortar o que está caro, @LulaOficial? Então vamos cortar o PT. pic.twitter.com/QqQ81HJRoM
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 7, 2025
Economistas e parlamentares alertam para os riscos fiscais
A política econômica adotada pelo governo Lula tem sido alvo de críticas não apenas de opositores políticos, mas também de especialistas do setor financeiro e de membros do próprio Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (REP-PB), reforçou recentemente que uma verdadeira redução nos preços dos alimentos exige um corte real de despesas públicas.
Ainda no final de 2024, a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal, já alertava que o plano de ajuste fiscal do governo, que prevê uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, não será suficiente para equilibrar as contas públicas e conter os déficits primários projetados para os próximos anos.
Impactos econômicos: juros, inflação e câmbio sob pressão
O relatório da IFI aponta que a atual estratégia do governo pode gerar consequências adversas para a economia brasileira. "Existe um desequilíbrio fiscal persistente e estrutural, com impactos diretos na inflação, na taxa de juros, na cotação do câmbio e na sustentabilidade das contas públicas no longo prazo", destaca o documento.
A piora no quadro fiscal começou a se evidenciar já no primeiro semestre de 2024, quando o governo revisou as metas fiscais para 2025 e 2026, aumentando as incertezas sobre a capacidade do país de manter o equilíbrio econômico.
As críticas de Caiado refletem uma insatisfação crescente com a condução da política econômica do governo federal, especialmente entre os setores produtivos e lideranças políticas.
A reação do mercado e dos investidores deve ser monitorada nos próximos meses, à medida que novas medidas forem anunciadas. Enquanto isso, a população segue sentindo no bolso os efeitos da inflação e do aumento do custo de vida.
Se a solução passa por cortar o que pesa mais no orçamento, como sugere Lula, talvez a resposta para muitos brasileiros esteja na próxima eleição.
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