Decreto de Lula dá aos bandidos vantagem de atirar primeiro na polícia
Um decreto do presidente da República, claro, dá um tiro na autonomia dos estados federados. Dá um tiro na República Federativa do Brasil. Está virando República Unitária.
A reforma tributária já fez isso na parte fiscal. Agora estão fazendo isso na área de segurança pública.
É um decreto do presidente dizendo que, doravante, as polícias todas só podem usar arma em último recurso. Cá entre nós, está avisando aos bandidos: olha, vocês podem atirar primeiro. Depois de atingido, o policial vai poder usar a arma.
Não é só isso. Esse tiro que também pega na segurança pública diz outra coisa. Aqui no Brasil nós temos policiais com todas as cores de pele, com todos os sotaques, todas as etnias, todas as religiões, todas as opiniões.
Orientação sexual não vou dizer porque isso é uma questão íntima de cada pessoa. Não é coisa que se conte por aí.
Pois o decreto do presidente da República parece risível. Porque diz que as polícias não devem agir em razão da cor, raça, etnia, orientação sexual, idioma, religião e opinião política. Isso aí serve para levar para um teatro de comédia e fazer sátira, ironizar.
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E diz mais. Diz que uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e não uma lei do Congresso Nacional, em 90 dias vai detalhar o que os policiais brasileiros devem seguir. Vale dizer: as polícias estaduais e municipais, que não têm nada a ver com a União. Não é Polícia Federal, nem Polícia Rodoviária Federal.
Uma portaria do Ministro da Justiça. E mais, o decreto diz que vai haver um comitê fiscalizador da polícia. E todos sabemos que o nosso sonho é ter um grande e poderoso comitê fiscalizador dos bandidos, dos assaltantes, dos homicidas, dos corruptos, dos que desviam o dinheiro dos nossos impostos. É isso que a gente quer.
Mas vão fiscalizar a polícia. Estranho, né? Contramão. O nome disso é contramão. Bom, também está na contramão a saúde pública. As mortes por dengue são recordistas. As mortes por dengue neste ano são mais do que a soma das mortes por dengue dos últimos oito anos. São praticamente seis mil. Dá um pouquinho menos de seis mil, mas está cheio de morte que ainda está sendo investigada. Seis mil mortes por dengue.
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