Rússia ataca Ucrânia com míssil balístico intercontinental criado para guerra nuclear
Rússia lança míssil balístico intercontinental pela primeira vez na guerra, diz Kiev
Primeira utilização de ICBM na guerra é vista como resposta ao uso de mísseis americanos pela Ucrânia
Nesta quinta-feira (21), a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a cidade de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, marcando uma escalada sem precedentes no conflito iniciado em 2022.
A ação foi confirmada pela Força Aérea Ucraniana, que classificou o ataque como o primeiro uso desse tipo de armamento pela Rússia desde o início da invasão.
Ataque e Contexto
O disparo partiu da região russa de Astrakhan, no sul do país, e está sendo interpretado como uma retaliação direta ao recente uso de mísseis ATACMS pela Ucrânia, armamentos fornecidos pelos Estados Unidos e utilizados em um ataque contra uma instalação militar russa na região de Bryansk.
Os mísseis ATACMS foram empregados pela Ucrânia pela primeira vez na guerra, após aprovação do governo de Joe Biden. O ataque ucraniano, que resultou em 12 explosões secundárias, destruiu parte de uma base russa, indicando o impacto devastador dessa nova tecnologia no campo de batalha.
Em resposta, Moscou afirmou que a utilização dos mísseis norte-americanos representa uma "nova fase" do conflito, com o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, classificando o evento como um "ponto de virada".
"A Rússia responderá com força adequada à escalada promovida pelo Ocidente" — declarou Lavrov durante visita ao Brasil, onde participou da cúpula do G20.
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O Poder do ICBM: Um Símbolo de Ameaça Nuclear
Os mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) são projetados para transportar ogivas nucleares, podendo atingir alvos a milhares de quilômetros de distância.
- Alcance: entre 5.500 km e 9.000 km em modelos mais avançados.
- Velocidade: até 24.000 km/h, tornando-os quase impossíveis de interceptar com tecnologias convencionais.
- Histórico: O primeiro ICBM foi desenvolvido pela União Soviética, em 1957, consolidando a tecnologia como um dos pilares das capacidades militares estratégicas.
Embora o ataque a Dnipro não tenha envolvido ogivas nucleares, o uso de um ICBM traz preocupações globais sobre a possibilidade de escalada para um conflito nuclear.
Tensões Crescentes: Rússia x Ocidente
A troca de ataques entre Rússia e Ucrânia ilustra a **intensificação das tensões geopolíticas**.
- Rússia: acusa os EUA de participação direta na guerra ao fornecer armamentos avançados à Ucrânia.
- Ucrânia: mantém silêncio oficial sobre o uso dos ATACMS, mas a imprensa local confirmou o emprego do armamento em um esforço para minar as capacidades logísticas e estratégicas da Rússia.
- EUA: reforçam apoio militar a Kiev, enquanto alertam para os riscos de uma escalada militar descontrolada.
Impactos e Reações
Especialistas avaliam que o lançamento do ICBM é mais uma mensagem política do que uma ação estratégica. Contudo, demonstra a disposição de Moscou em intensificar a guerra em resposta ao apoio militar ocidental à Ucrânia.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, evita comentar diretamente sobre os ataques recentes, concentrando esforços diplomáticos para reforçar a aliança com países da OTAN.
A Escalada de Um Conflito Global?
Com o uso de armamentos cada vez mais avançados e letais, a guerra entre Rússia e Ucrânia parece caminhar para uma fase ainda mais perigosa. O uso de mísseis balísticos intercontinentais, ainda que sem carga nuclear, e o envolvimento de tecnologias fornecidas pelos EUA acendem alertas sobre o potencial de desdobramentos imprevisíveis.
A comunidade internacional acompanha com apreensão, enquanto o risco de um confronto mais amplo se torna cada vez mais palpável.
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