Nikolas Ferreira: “Janja fez tanta merd* que tiveram que voltar com o golpe”

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Deputado critica ação da Polícia Federal em meio a tensão política

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (19) para criticar a Operação Contragolpe, realizada pela Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de militares e um policial federal acusados de planejar um golpe de Estado e assassinatos de figuras públicas em 2022.  

Em sua postagem no X, o parlamentar fez uma ligação irônica entre as prisões e as recentes polêmicas envolvendo a primeira-dama Janja da Silva, que chamou atenção durante a Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro.  

"A Janja fez tanta m**** que tiveram que voltar com o tal golpe de estado" — escreveu o deputado, referindo-se à repercussão das declarações e postura da esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o evento.  

A OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

A ação da PF, deflagrada na segunda-feira (18), prendeu cinco suspeitos e cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos estados, investigando um suposto plano, chamado de “Punhal Verde e Amarelo” que previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).  

Entre os presos estão:  

- General de brigada Mario Fernandes (na reserva);  

- Tenente-coronel Helio Ferreira Lima;  

- Major Rodrigo Bezerra Azevedo;  

- Major Rafael Martins de Oliveira;  

- Policial Federal Wladimir Matos Soares.  

Segundo a PF, o plano incluía um sofisticado esquema técnico-militar, com organização detalhada para executar o atentado em 15 de dezembro de 2022, pouco antes da posse presidencial.  

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A CRÍTICA DE NIKOLAS FERREIRA

Nikolas Ferreira, conhecido por sua oposição ao governo Lula, não poupou críticas à operação e ironizou o momento escolhido para sua deflagração. Segundo o deputado, a ação pode ser uma tentativa de "desviar o foco" das controvérsias em torno da postura de Janja durante o G20.  

Nas últimas semanas, a primeira-dama esteve no centro de debates políticos, sendo alvo de elogios e críticas por sua participação ativa nos encontros de líderes mundiais.  

A declaração de Nikolas reforça uma visão compartilhada por parte da oposição, que vê na operação da PF uma estratégia política para desgastar adversários do governo.  

REAÇÕES DIVERGENTES

A publicação gerou debates acalorados nas redes sociais. Enquanto apoiadores do deputado endossaram as críticas, apontando o que chamaram de "uso político da PF", aliados do governo argumentaram que as investigações seguem critérios técnicos e reforçam a necessidade de combater ameaças à democracia.  

ENTENDA O CONTEXTO

As investigações que levaram às prisões têm como foco desmantelar supostas organizações criminosas que buscavam atentar contra o Estado democrático de direito. Desde o início de 2023, a PF tem intensificado operações relacionadas a ações golpistas e a possíveis planos de violência política.  

Apesar das acusações, os advogados dos militares presos e do policial federal alegam que as provas apresentadas são insuficientes e prometem recorrer das decisões judiciais.  

UMA ESCALADA DE TENSÕES

A prisão de figuras ligadas às Forças Armadas e a politização do episódio ilustram como a polarização política no Brasil continua a se refletir em investigações judiciais e ações policiais.  

Nikolas Ferreira, por sua vez, reafirma seu papel de crítico fervoroso do governo Lula, utilizando a controvérsia para reforçar sua oposição em um cenário de disputas políticas cada vez mais intensas.  


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