Militar preso por suposta tentativa de golpe, foi segurança pessoal de Dilma Rousseff


Tenente-coronel preso por suposto plano contra Lula foi segurança pessoal de Dilma Rousseff

O tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima, um dos presos pela Polícia Federal (PF) sob acusação de envolvimento em um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ocupou uma posição de alta confiança durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Função de alta sensibilidade no Palácio do Planalto

Ferreira Lima desempenhou a função de supervisor de segurança no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Dilma. Ele era responsável por coordenar a chamada "cápsula de segurança" da então presidente, garantindo sua proteção mais próxima em deslocamentos e compromissos oficiais.

O oficial acompanhava Dilma de maneira direta e esteve presente em momentos importantes de sua presidência. À época, ele estava subordinado ao general Marcos Antonio Amaro, que era o chefe da segurança presidencial e atualmente ocupa o cargo de ministro-chefe do GSI no governo Lula.

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Perfil e prisão

De acordo com informações da PF, Ferreira Lima é um militar com formação em operações especiais, conhecido no meio como "kid preto", um título que remete à elite do treinamento em ações táticas do Exército. 

Ele foi preso no Rio de Janeiro enquanto trabalhava na segurança do evento do G20, que reuniu líderes mundiais como Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China) e Emmanuel Macron (França).

As investigações apontam que Ferreira Lima estaria envolvido em duas frentes principais:

1. Disseminação de informações falsas para desacreditar o sistema eleitoral.

2. Apoio a um plano estratégico que incluía o assassinato de líderes e, supostamente, a preparação para um golpe de Estado.

Nos arquivos eletrônicos do tenente-coronel, os agentes federais afirmam ter encontrado uma cópia de um documento detalhando o plano golpista e informações sobre a rotina de Alexandre de Moraes.

Histórico e ligação com o PT

A prisão de Ferreira Lima chama atenção por seu histórico de proximidade com lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT). 

Além dele, outro preso na operação, o agente federal Wladimir Matos Soares, integrou a equipe de segurança de Lula após sua eleição em 2022, demonstrando um padrão de envolvimento de pessoas que, em algum momento, estiveram muito próximas da alta cúpula petista.

Repercussão e próximos passos

A operação da Polícia Federal que resultou na prisão de Ferreira Lima levantou debates sobre a segurança institucional no Brasil e a possível infiltração de agentes envolvidos em ações antidemocráticas dentro das estruturas estatais.

O caso continua sendo investigado, com a expectativa de que mais detalhes venham à tona à medida que os documentos apreendidos sejam analisados. 

As acusações são graves e envolvem diretamente temas como segurança nacional, democracia e estabilidade política.


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