Governo Lula deixa faltar insulina nas Farmácias Populares em todo país, um risco de morte para quem tem diabetes
Farmácia Popular enfrenta desabastecimento de insulina no Brasil Crise na Farmácia Popular: desabastecimento de insulina afeta milhões de brasileiros
Diabéticos enfrentam dificuldades com falta de medicamento essencial no programa governamental
O programa Farmácia Popular, que atende milhões de brasileiros, enfrenta um grave problema de desabastecimento de insulina, prejudicando pacientes que dependem do medicamento para o controle diário do diabetes. Estima-se que aproximadamente 2 milhões de pessoas em todo o Brasil necessitem do remédio para controlar os níveis de glicose no sangue e manter sua saúde.
Atualmente, os estoques das insulinas NPH e regular, as únicas opções disponíveis gratuitamente pelo programa, estão praticamente esgotados em várias unidades. Ambas as insulinas são distribuídas na forma de frascos, mas a falta de insumos essenciais para a produção tem causado a interrupção no fornecimento.
Falta de ação governamental agrava a situação
Apesar de alertas emitidos por entidades médicas sobre possíveis dificuldades no fornecimento, o governo federal não tomou medidas preventivas, como a inclusão de insulinas alternativas no programa. A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Solange Travassos, destacou que uma ação antecipada poderia ter evitado o cenário atual.
“Um plano poderia ter ocorrido para incluir outras insulinas. Assim, médicos e pacientes teriam tempo para ajustar os tratamentos”, explicou Travassos.
Com a indisponibilidade das insulinas fornecidas gratuitamente, muitos pacientes têm recorrido ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde o medicamento ainda pode ser encontrado em postos de saúde, ou optado por adquirir versões mais caras no mercado. Essas opções, no entanto, pesam no orçamento familiar, com custos que podem ultrapassar R$ 150 por mês para tratamentos básicos.
Ministério da Saúde reconhece dificuldades no abastecimento
Embora o Ministério da Saúde assegure que o abastecimento nas farmácias públicas segue "sem prejuízos significativos", relatos de pacientes indicam falta de insulina em várias regiões. Muitos usuários também mencionam episódios de fracionamento de doses devido à escassez.
Durante uma reunião da comissão que discute a inclusão de medicamentos no SUS, o coordenador-geral da Assistência Farmacêutica Básica, Rafael Poloni, admitiu os desafios enfrentados pelo governo. Segundo ele, desde dezembro de 2023, foram realizados quatro pregões para aquisição de insulina, mas dois deles, especificamente para frascos e canetas, fracassaram.
“Nos pregões que obtiveram sucesso, a participação das empresas foi muito limitada, o que dificultou ainda mais o abastecimento”, revelou Poloni.
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Impacto na vida dos pacientes
Para muitos brasileiros, a insulina é um medicamento de uso contínuo e indispensável. A falta do produto pode levar a complicações graves, como picos de glicose, infecções e, em casos extremos, internações hospitalares.
A aposentada Maria de Lourdes, de 68 anos, relatou a dificuldade que enfrenta para encontrar o medicamento em sua cidade no interior de São Paulo.
“Eu já fui a três farmácias populares e não encontrei. Agora, estou tentando comprar, mas o preço é muito alto. Estou preocupada com a minha saúde”, desabafou.
O que precisa ser feito?
Especialistas apontam que o governo precisa agir rapidamente para normalizar o fornecimento e ampliar as alternativas de insulina disponíveis no programa. Além disso, ações de longo prazo devem ser tomadas para evitar crises futuras, como incentivar a produção nacional de insulina e diversificar os fornecedores internacionais.
A situação escancara os desafios estruturais do sistema de saúde brasileiro, que depende fortemente de insumos importados e enfrenta dificuldades para negociar com grandes laboratórios. Enquanto isso, milhões de pacientes aguardam uma solução para garantir o acesso a um medicamento essencial para sua sobrevivência.
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