Em abertura do G20, Lula mente descaradamente sobre dados da fome no Brasil; ASSISTA VÍDEO!
As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Cúpula de Líderes do G20 geraram polêmica e foram contestadas por divergirem de dados oficiais da ONU.
Lula destacou que, ao retornar ao governo, encontrou um Brasil com 33 milhões de pessoas em situação de fome, número atribuído à Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
As alegações de Lula
- Mapa da Fome: Lula afirmou que o Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO em 2014 e voltou em 2022 devido à "desarticulação do Estado de bem-estar social".
- Fome no Brasil: Segundo ele, em 2022, 33 milhões de brasileiros passavam fome, mas em "um ano e 11 meses" de sua gestão, 24,5 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza. Ele ainda prometeu que o Brasil sairá novamente do Mapa da Fome até 2026.
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Os números questionados
A base das afirmações de Lula vem do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, publicado em junho de 2022 pela Rede Penssan. Essa pesquisa estimou que 33 milhões de brasileiros enfrentavam fome. No entanto, o levantamento:
- Foi realizado entre novembro de 2021 e abril de 2022, com 12.745 domicílios visitados.
- Utilizou perguntas subjetivas e um recorte amostral que especialistas apontam como insuficientemente representativo.
Por outro lado, dados da ONU, compilados por cinco agências internacionais entre 2021 e 2023, indicam que:
- 8,4 milhões de pessoas viviam em fome severa no Brasil.
- 39,7 milhões enfrentavam insegurança alimentar moderada.
- 14,3 milhões estavam em estado grave de insegurança alimentar.
Esses números são significativamente menores do que os divulgados pela Rede Penssan e usados por Lula.
Contexto e implicações
As declarações de Lula refletem a intenção de enfatizar as ações de seu governo no combate à pobreza e à fome, uma de suas principais bandeiras políticas. Contudo, a discrepância nos dados pode comprometer a credibilidade das afirmações em fóruns internacionais.
A polêmica também evidencia a necessidade de critérios mais claros e amplamente aceitos para medir a fome e a insegurança alimentar, temas sensíveis que impactam diretamente a formulação de políticas públicas e a imagem do país no cenário global.
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