Preço da Picanha aumenta quase 45%, feijão 22% e café 14% no governo Lula!


Queimadas impulsionam alta de preços: picanha sobe 43,5% e alimentos essenciais também ficam mais caros

Pesquisa revela que queimadas recordes impactaram diretamente a produção de alimentos no Brasil, levando ao aumento dos preços de carnes, leite, café e feijão.

Uma pesquisa realizada pela empresa de soluções Neogrid revelou que os preços de produtos essenciais da alimentação, como carnes, leite, café e feijão, tiveram aumentos significativos nas últimas semanas, refletindo os impactos das queimadas recordes que devastaram diversas regiões do Brasil.

De acordo com o levantamento, em um período de seis semanas, o preço das carnes bovinas foi o mais afetado. A picanha, um dos cortes mais apreciados pelos brasileiros, apresentou a maior alta, subindo de R$ 59,62/kg, registrado na semana de 4 de agosto, para R$ 85,56/kg em 15 de setembro, representando um aumento de 43,5%.

Anna Fercher, chefe de Customer Success e Insights da Neogrid, explicou à CNN Brasil que o aumento dos focos de incêndio intensificou os prejuízos na produção de alimentos, que já vinha sendo afetada pela seca prolongada. "Os impactos ocorrem principalmente na agropecuária, devido à migração para a criação de gado em confinamento, o que envolve custos muito maiores e influencia diretamente no preço da carne e dos produtos lácteos", detalhou Fercher.

Além das carnes, o leite também sofreu um aumento de preço considerável. O litro do produto passou de R$ 6,02 para R$ 6,60, representando uma alta de 9,6% no mesmo período, segundo os dados da pesquisa.

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Queimadas afetam áreas de produção agropecuária

As queimadas deste ano atingiram áreas fundamentais para a pecuária e a agricultura no Brasil. Somente em agosto, um território equivalente ao estado da Paraíba foi devastado pelo fogo, de acordo com dados do MapBiomas. A maioria das áreas queimadas eram pastagens destinadas à produção agropecuária, o que afetou diretamente a oferta de alimentos e contribuiu para a elevação dos preços.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) informou que cerca de 230 mil hectares de lavouras de cana-de-açúcar foram queimados apenas no interior de São Paulo em agosto. Esse número representa 75% da produção de cana do estado, impactando também o preço de produtos derivados. O açúcar refinado, por exemplo, teve um aumento de 5,9%.

Alta nos preços de café e feijão

Além das carnes e do leite, o feijão e o café também registraram aumentos expressivos entre agosto e setembro. O preço do café subiu até 14,4%, enquanto o feijão teve uma alta de 22,1%. Segundo especialistas, a seca prolongada, associada às queimadas, forçou uma antecipação da entressafra, o que reduziu a área de plantio e prejudicou as colheitas.

Fercher apontou que a perda de colheitas e a redução da área cultivada têm impacto direto nos custos de produção e na disponibilidade dos alimentos. "Com o avanço das queimadas e a persistência da seca, a estimativa é de que os custos de produção continuem a subir, e esses aumentos serão repassados ao consumidor final", concluiu a especialista.

Impacto no bolso do consumidor

Diante desse cenário, os consumidores brasileiros enfrentam uma alta significativa nos preços de alimentos essenciais. A combinação de fatores climáticos adversos, como a seca e o El Niño, somada ao impacto das queimadas, tem pressionado os preços e gerado preocupações em relação à segurança alimentar no país.

A expectativa é de que, sem uma mudança no cenário climático e sem medidas governamentais mais robustas para conter os incêndios e proteger as áreas de produção, a alta dos preços de alimentos continue nos próximos meses, afetando diretamente o custo de vida da população.


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