Déficit histórico: Estatais têm rombo de R$ 7,2 bilhões em 2024
As empresas estatais brasileiras registraram um déficit de R$ 7,2 bilhões de janeiro a agosto de 2024, de acordo com o relatório de estatísticas fiscais do Banco Central. Esse é o maior rombo observado desde o início da série histórica, que começou em 2002.
Desse montante, 47% do déficit, o equivalente a R$ 3,374 bilhões, corresponde às estatais federais, enquanto as estaduais são responsáveis por 53% (R$ 3,858 bilhões). No entanto, os dados não incluem as empresas dos grupos Petrobras (PETR4) e Eletrobras (ELET3), que possuem situações financeiras distintas.
Como essas empresas são controladas pelo governo, o Tesouro Nacional tem a responsabilidade de cobrir eventuais desequilíbrios, o que impacta diretamente as contas públicas. Isso ocorre em um momento delicado para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lida com desafios fiscais.
Segundo o relatório do Banco Central, em agosto de 2024, o setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 21,4 bilhões, comparado ao déficit de R$ 22,8 bilhões no mesmo mês de 2023. No governo central, o déficit foi de R$ 22,3 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais apresentaram superávits de R$ 435 milhões e R$ 469 milhões, respectivamente.
Nos últimos 12 meses, o déficit acumulado do setor público consolidado chegou a R$ 256,3 bilhões, o que representa 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número é ligeiramente inferior ao déficit acumulado nos 12 meses anteriores, até julho, quando era 2,29% do PIB.
A situação fiscal das estatais, que reflete a necessidade de ajustes, está sendo monitorada de perto pelo governo, que busca alternativas para reverter esse cenário e equilibrar as contas públicas sem prejudicar os investimentos e serviços oferecidos à população.
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