ONU: Zelensky desmascara hipocrisia de Lula novamente


Presidente ucraniano afirmou que a Rússia tenta ressuscitar um passado colonial e que países como Brasil e China deveriam reconhecer isso ao invés de “tentar aumentar a sua própria influência global às custas da Ucrânia”

Volodymyr Zelensky (foto) iniciou seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, nesta quarta-feira, 25 de setembro, acusando a Rússia de planejar atingir usinas nucleares na Ucrânia. Zelensky também acusou o Brasil e a China de permitirem que Vladimir Putin avançasse com a sua guerra.

Zelensky afirmou que a Rússia está tentando ressuscitar um passado colonial e países como Brasil e China deveriam reconhecer isso ao invés de “tentar aumentar a sua própria influência global às custas da Ucrânia”.

O presidente ucraniano destacou que qualquer proposta de paz que considere que Kiev precise ceder cerca de 20% de território para acabar com a guerra é inaceitável.

“Ignora o sofrimento da Ucrânia”

“Este tipo de proposta ignora o sofrimento da Ucrânia, ignora a realidade e dá a Vladimir Putin o espaço político para continuar com a guerra”, apontou Zelensky, na tribuna do plenário da ONU, em Nova York.

“Quando a dupla China e Brasil tenta convencer outros a apoiá-los, na Europa, na África, propondo uma alternativa a uma paz plena e justa, surge a pergunta: qual é o verdadeiro interesse deles? Todos precisam entender que não terão mais poder às custas da Ucrânia”, declarou.

Ele fazia referência a uma reunião convocada por China e Brasil com 19 países do sul global, para discutir a fórmula de paz nesta sexta, 27 de setembro, depois da Assembleia-Geral.

“Só existe uma Carta da ONU”

Zelensky já havia criticado o referido plano em diversas ocasiões anteriores. Na terça feira, 24, em pronunciamento ao Conselho de Segurança da ONU, ele afirmou que o plano do Brasil e China não estava de acordo com os princípios de manutenção da paz que guiam o organismo multilateral, estabelecidos em sua Carta de fundação.

“Não há uma Carta da ONU diferente para o Brics ou para o G7. Não existe uma Carta da ONU russo-iraniana, ou sino-brasileira. Só existe uma Carta da ONU, que une a todos —que deve unir a todos”, afirmou.

No dia 20 Zelensky havia dito que o documento assinado pelo chanceler chinês Wang Yi e o assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, não traz nenhum plano concreto e “esconde alguma coisa”.

Em coletiva de imprensa recente, da qual participou o portal brasileiro Metrópoles, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o Brasil era “pró-Rússia”, que a proposta de paz sino-brasileira era “destrutiva” e que Lula estava fazendo “teatro”


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