Pablo Marçal teve redes sociais suspensas por vencer debate e ficar em primeiro lugar nas pesquisas, afirma PCO Partido de extrema esquerda
Sem citar nomes, partido critica Tabata por acionar o TSE contra o coach; os perfis foram bloqueados pela Corte Eleitoral
O PCO (Partido da Causa Operária) afirmou neste sábado (24.ago.2024) que o candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) teve as redes sociais suspensas por vencer o debate e crescer nas pesquisas. A decisão de bloquear os perfis do empresário é do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo.
“Ele [Marçal] venceu no debate e assim ficou em 1º lugar nas pesquisas. A eleição agora funciona assim: perdeu no debate? Chame a polícia!”, declarou a legenda em seu perfil no X (ex-Twitter). O candidato do PCO em São Paulo é João Pimenta.
O candidato do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) é investigado por suspeita de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação. A apuração foi iniciada depois de o PSB (Partido Socialista Brasileiro) de São Paulo, da candidata Tabata Amaral, ter protocolado uma ação na 5ª feira (22.ago), na 01ª Zona Eleitoral da cidade.
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A estratégia de Marçal nos debates, marcada por acusações e uso de palavrões, levou o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) a não comparecem na edição realizada pela revista Veja em 19 de agosto.
O coach foi o candidato que mais cresceu nas últimas pesquisas eleitorais na capital paulista. Levantamento do Datafolha divulgado na 5ª feira (22.ago) mostra um empate triplo entre Marçal (21%), o Boulos (23%) e Nunes (19%).
A pesquisa foi realizada pelo Datafolha de 20 a 21 de agosto de 2024. Foram entrevistados 1.204 eleitores em São Paulo. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de aproximadamente 3 p.p (pontos percentuais).
O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº SP-08344/2024. Custou R$ 95.438,14. O valor foi pago pelo Grupo Globo (contratante) e pela Folha de S.Paulo.
BLOQUEIO DE REDES DO PCO
Assim como Marçal, o PCO também teve suas redes suspensas em junho de 2022 por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). À época, o magistrado determinou ainda a abertura de uma investigação contra a sigla baseada no inquérito das fake news.
A decisão veio depois de publicação no X (ex-Twitter) em que o partido, de esquerda, chama Moraes de “skinhead de toga” e diz que ele está em “sanha por ditadura”. A legenda também pediu a “dissolução do STF”, em declaração semelhante a de grupos de direita, que figuram no inquérito da Corte.
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