Covid-19: vacina Butanvac lançada por Doria é suspensa após fracassar em estudos


Substância desenvolvida pelo Butantan apenas dobrou anticorpos de voluntários; porém, a meta era quadruplicar.

O desenvolvimento da Butanvac, vacina candidata contra a covid-19, foi interrompido após os testes clínicos de fase 2 fracassarem e não alcançarem os resultados esperados.

O Instituto Butantan, responsável pelos testes, informou nesta sexta (23) que a substância aumentou apenas em duas vezes o nível de anticorpos em 400 voluntários após 28 dias de aplicação. 

No entanto, o esperado era uma quadruplicação, similar ao desempenho de outras vacinas já disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme nota oficial do Butantan, havia um acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que a performance da Butanvac deveria ser equivalente ou superior aos imunizantes atualmente utilizados pelo SUS contra a covid-19. Diante dos resultados, o instituto decidiu suspender o desenvolvimento da vacina.

A Butanvac foi anunciada com festa em 2021 pelo então governador de São Paulo, João Doria (sem partido), que na época afirmou que o instituto poderia produzir cerca d40 milhões de doses para incluir no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Em abril de 2021, Doria chegou a solicitar à Anvisa “menos burocracia e mais senso de urgência” na aprovação da substância, destacando que o Brasil estava daria um passo importante para alcançar sua “independência” na proteção contra a covid-19.

À época, Doria afirmou que o Butantan seria capaz de entregar 40 milhões de doses da vacina ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Atualmente, as vacinas anticovid aprovadas pela Anvisa são: Vacina Covid-19 (recombinante) Fiocruz, Comirnaty (Pfizer/Wyeth), Comirnaty bivalente BA.4/BA.5 (Pfizer), Janssen Vaccine (Janssen-Cilag), Spikevax bivalente (Adium), Spikevax (Adium) e Vacina Covid-19 (recombinante) (Zalika).


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