Brasil faz “jogo de cena” e ajuda ditadura de Maduro na OEA


Para o jornalista Alexandre Garcia, Lula faz jogada arriscada "apostando na nossa ingenuidade"

Um post do jornalista Alexandre Garcia na rede social X, nesta quinta-feira (1º), disse que o “Brasil impede OEA de exigir respeito aos votos e aos direitos humanos na Venezuela. Mas assina demandas com Colômbia e México, apostando na nossa ingenuidade”.

De fato, o breve resumo do veterano na cobertura política retrata o “jogo de cena” que o governo Lula fez para beneficiar o ditador Nicolás Maduro, mas, ao mesmo tempo, “sair bem na foto”.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu, nesta quarta-feira (31), aprovar a resolução que determinava a imediata publicação das atas das eleições por parte da Venezuela. O texto teria de ter a aprovação por maioria absoluta dos votos para ter validade, mas 11 países se abstiveram da votação, incluindo Brasil e Colômbia, e impediram que o bloco desse um ultimato ao regime tirânico de Nicolás Maduro.

Votaram a favor: Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Estados Unidos e Uruguai.

No grupo dos países que se abstiveram da votação estão: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Granada, Honduras, São Cristóvão e Nevis e Santa Lúcia.

Dominica, México, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago e Venezuela não participaram da sessão.

EM NOTA, BRASIL, COLÔMBIA E MÉXICO COBRAM ATAS DA VENEZUELA

Nesta quinta-feira, Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta pedindo que a Venezuela apresente as atas das eleições realizadas no último domingo (28), quando Nicolás Maduro foi reeleito presidente do país.

Os países afirmaram que “as controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional”.

Eis o jogo de cena do governo Lula. Na OEA, bloco que tem, de fato, o poder de ordenar a apresentação das atas de votação da Venezuela, sob pena de aplicações de sanções, o Brasil se absteve. Mas em uma mera nota conjunta com dois países, sem qualquer caráter punitivo, exerce um falso posicionamento por clareza e celeridade, que deveria ter sido adotado na votação em que optou por se abster.


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