Lula se vacinou escondido contra a dengue na rede privada e antes da campanha do SUS


Planalto não foi informou qual foi o modelo e custo da vacina que o petista recebeu

Em um ano marcado por um histórico surto de dengue, com mais de 6 milhões de casos prováveis e 4 mil mortes confirmadas até esta sexta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se vacinou contra a doença na rede privada e antes mesmo de o Sistema Único de Saúde (SUS) iniciar a campanha de imunização.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o petista se imunizou contra a dengue pela primeira vez no dia 5 de fevereiro, sem qualquer divulgação. Questionado sobre o ocorrido, o Palácio do Planalto disse que a vacinação ocorreu na rede privada, mas não informou qual foi o modelo e custo da vacina, tampouco revelou o nome do laboratório.

A campanha oficial de vacinação contra a dengue no SUS, por sua vez, começou apenas no dia 9 de fevereiro, quatro dias depois de Lula receber a imunização.

A escassez de vacinas na rede pública, por sinal, foi alvo de críticas e fez com que o governo limitasse a vacinação ao grupo de 10 a 14 anos de idade.

Ainda segundo a Folha, Lula recebeu a segunda dose do imunizante contra a dengue no dia 6 de maio, igualmente sem divulgação.

As datas em que o petista recebeu as vacinas foram informadas ao jornal após um pedido realizado com base na Lei de Acesso à Informação.  

Vale lembrar que, diferentemente do que aconteceu na vacinação contra a dengue, Lula se vacinou em público contra a gripe e Covid-19 para incentivar as campanhas de imunização.

Procurada, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) não explicou por qual motivo a postura mudou na vacinação recente.  

Atualmente, o Brasil possui duas vacinas aprovadas contra a dengue e disponíveis na rede privada: a Qdenga, da farmacêutica Takeda, aplicada em duas doses; e a Dengvaxia, da Sanofi, imunizante de três doses indicado apenas para pessoas entre 6 a 45 anos e que já tiveram a doença anteriormente.

 


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