O
Partido da Mulher Brasileira (PMB) anunciou nesta quinta-feira (23) seu apoio à
pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo.
O anúncio
ocorreu em um evento realizado em um hotel nos Jardins, região central da
capital paulista.
Na
semana passada, Boulos, deputado federal, tornou-se réu por ter chamado um
filiado ao PMB de “imbecil”. Em 2021, Boulos utilizou o termo para se referir a
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação no governo Jair Bolsonaro (PL) e
atualmente filiado ao PMB, após Weintraub fazer comentários racistas sobre
chineses em meio à pandemia de Covid-19.
Weintraub
havia expressado interesse em concorrer à Prefeitura de São Paulo este ano, mas
o PMB decidiu apoiar Boulos. Candidato a deputado federal pelo PMB em 2022,
Weintraub obteve apenas 4.057 votos e não foi eleito.
Weintraub
foi ministro da Educação entre 2019 e 2020, sendo exonerado após se tornar alvo
de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por chamar os ministros da
Corte de “vagabundos” e pelos comentários racistas. Após deixar o governo, ele
se mudou para os Estados Unidos, onde entrou com passaporte diplomático.
Nomeado
diretor-executivo do Banco Mundial pelo governo Bolsonaro, Weintraub permaneceu
no cargo até 2022, quando voltou ao Brasil para concorrer ao governo de São
Paulo.
Sem o apoio de Bolsonaro, que lançou Tarcísio de Freitas (Republicanos)
para o cargo, Weintraub rompeu com o ex-presidente e passou a criticá-lo
publicamente.
Em
fevereiro deste ano, Weintraub foi demitido da Unifesp, onde era professor do
Magistério Superior. A demissão ocorreu após um processo administrativo
disciplinar da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar 218 faltas
injustificadas ao serviço entre 2022 e 2023.
Nenhum comentário