Morre Silvio Luiz, narrador esportivo, aos 89 anos


Nesta quinta-feira, 16, faleceu o renomado comentarista esportivo Silvio Luiz, aos 89 anos de idade. Ele estava hospitalizado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde o dia 8 de maio e veio a óbito devido a falência múltipla de órgãos.

Silvio Luiz vinha enfrentando uma série de problemas de saúde, embora não especificados. Em 7 de abril, durante a narração da final do Campeonato Paulista entre Palmeiras e Santos, o veterano sofreu um mal súbito e precisou se ausentar da transmissão, sendo hospitalizado por 23 dias. Após receber alta médica, retornou ao hospital nove dias antes de seu falecimento.

Conhecido por seu humor ácido, Silvio Luiz foi o criador de bordões icônicos como "pelo amor dos meus filhinhos", "olho no lance" e "confira comigo no replay", entre outros. Ele deixa sua esposa, a cantora Márcia, com quem era casado desde 1969, além de três filhos.

Silvio Luiz foi ator e árbitro

Sylvio Luiz Perez Machado de Sousa nasceu em São Paulo (SP), em 14 de julho de 1934, e passou a ter contato e gostar de esporte ao acompanhar a mãe, a locutora Elizabeth Darcy, em seu trabalho na Rádio Tupi.

Começou a carreira na Rádio São Paulo, em 1952, com locuções e participações em radionovelas. Mais à frente, virou repórter da Rádio Record; em 1960, foi para a Rádio Bandeirantes, mas voltou à antiga casa depois. Na televisão, o começo foi na antiga TV Paulista, em 1952, quando se tornou o primeiro repórter de campo da TV esportiva no Brasil.

No final dos anos 1950, vendo sua irmã, Verinha Darcy, trabalhar como atriz, também enveredou pelo lado artístico e atuou em duas novelas: Éramos Seis, primeiro, e Cela da Morte, depois, que acabou sendo a última.
Em 1965, mudou radicalmente de área, fez um curso na Escola de Árbitros da Federação Paulista de Futebol e formou-se como árbitro na mesma turma de Dulcídio Wanderley Boschilia e José de Assis Aragão, históricos árbitros brasileiros.

Silvio chegou a ser um dos assistentes na partida que marcou a inauguração do Estádio do Morumbi, do São Paulo, em janeiro de 1970. Nesta mesma década, passou a focar no jornalismo esportivo e foi deixando a arbitragem de lado.

Passou por TV Record, TV Paulista, Rádio Bandeirantes, Rádio Record, TV Excelsior, SBT e Band. Como locutor esportivo, foi ganhando espaço aos poucos e tornando-se o principal ou um dos principais narradores dos veículos pelos quais passou, chegando a comandar muitas transmissões de várias Copas do Mundo e Olimpíadas.

Carreira

Nas décadas de 1950 e 1960, Silvio Luiz, filho de Elizabeth Darcy, uma das primeiras mulheres na locução, atuou nas novelas "Éramos Seis" e "Cela da Morte" na TV Record. Durante essa época, ele também trabalhou com jornalismo de esports e até foi ganhador do prêmio Roquete Pinto de melhor repórter esportivo.

Formou-se um julgado de futebol e se dedicou ao esporte até o tempo de 1970, em que voltou a ser a Record para assumir o papel de diretor de programação e locutor esportivo.  Ao longo das décadas, fez parte de diversas emissoras de televisão e rádio e acabaram prêmios de jornalismo.  Completam a lista da TV Paulista, Rádio Record, TV Excelsior, SBT, RedeTV! e Bandeirantes.

No fim de sua carreira, o veterano trabalhava como comentarista esportivo no programa “Confira Comigo no Replay”, do “R7 Esportes”.


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