Para ministro, muitas pessoas que não precisavam ser
presas estavam detidas.
Em encontro com empresários nesta segunda-feira (20), o
ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, descreveu a criação das audiências de
custódia como um “avanço”, pois, antes delas, “muita gente que não precisava
ser presa” estava sendo detida.
Na ocasião, o magistrado celebrou o fato de que
cerca de 50% das pessoas presas em flagrante são postas em liberdade sob
medidas cautelares até a conclusão de seus julgamentos.
As declarações ocorreram na Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp).
– Posso testemunhar um grande apoio e auxílio que as
defensorias todas da União e dos estados me proporcionaram quando nós
instituímos no Conselho Nacional de Justiça as audiências de custódia. Foi um
momento muito importante e devo muito, reconheço isso agora publicamente, à
Defensoria Pública do país – iniciou.
– É um grande avanço porque muita gente que não precisava
ser presa estava sendo presa e hoje a média é em torno de 50% de pessoas presas
em flagrante, que ao invés de serem trancafiadas no ergástulo, como se dizia
antigamente, são liberadas mediante condições, tornozeleiras eletrônicas,
serviços na comunidade ou eventualmente a suspensão de alguns direitos e
aguardam, portanto, em liberdade o julgamento definitivo da acusação que
eventualmente pesa sobre eles – completou o ministro.
Por meio de sua conta no X, o deputado federal Kim
Kataguiri (União Brasil-SP) criticou a visão do ministro.
– Ou seja, tem um monte de bandido preso em flagrante,
solto, cometendo mais crimes e o ministro está comemorando. É pra fazer o
brasileiro de palhaço mesmo – refutou o parlamentar.
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