Após ignorar família por 5 meses, Lula lamenta morte de refém brasileiro sequestrado pelo Hamas
O Exército de Israel confirmou nesta sexta, 24, que o
brasileiro Michel Nisenbaum, mantido refém pelo Hamas em Gaza, foi encontrado
morto
Após ignorar família por cinco meses, o presidente Lula
(PT) lamentou nesta sexta-feira, 24, a morte do brasileiro Michel Nisenbaum,
mantido refém pelo Hamas em Gaza e encontrado morto na quinta, 23, pelas Forças
de Defesa de Israel.
“Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum,
brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor
imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e
amigos de Michel. O Brasil continuará lutando, e seguiremos engajados nos esforços
para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a
paz para os povos de Israel e da Palestina“, escreveu o petista no X, antigo
Twitter.
A postura de Lula
Sobre a verdadeira postura de Lula, eis o que disse a
sobrinha de Michel, Ayala, a Felipe Moura Brasil, em depoimento incluído em seu
documentário “O trauma de Israel”:
“Minha mãe e a filha dele foram ao Brasil em dezembro [de
2023]. Foram encontrar com Lula e ele [Lula] prometeu a elas que faria tudo
para trazê-lo de volta, com todos os reféns. E, obviamente, eles não estão
aqui. Nada sabemos a respeito dele. Eu não vejo isso [ajuda do governo Lula].
Não há reação, obviamente. Desde dezembro, nada ouvimos de Lula ou do governo…
nada. Ele [Lula] prometeu algo. Ele [Michel] é brasileiro, nasceu no Brasil.
Realmente tivemos esperança depois que minha mãe esteve lá em dezembro. Ela
disse: ‘Ele [Lula] me disse que o avião dele está só esperando por Michel.’ Ele
faria de tudo para ajudar… Estamos em maio agora, já passaram mais de quatro
meses desde que minha mãe esteve lá. Não ouvimos nada dele, nada de Lula. Não
sabemos nada de Michel, não sabemos se ele está vivo ou não. Nada.”
Representante das famílias de reféns no Brasil também foi
ignorado por Lula
O professor Rafael Azamor, coordenador de estudos judaicos
do ensino médio da escola Liessin e representante das famílias de reféns no
Brasil, confirmou no Papo Antagonista de segunda-feira, 20, ter sido ignorado
pela gestão petista, após o encontro de dezembro:
“Desde então, eu faço essa interlocução para as famílias,
falo diretamente com a mãe da Ayala, com a irmã do Michel e com a filha, e elas
vêm, desde o início do ano, me cobrando se a gente tem alguma posição. Ao
entrar em contato com o senador [Jaques Wagner, do PT], não obtive respostas.
Ao entrar em contato com o gabinete dele, deixei diversos recados e não obtive
respostas. E nós aqui acabamos tendo que dar essa informação para a família:
não temos resposta do governo, positiva ou negativa.”
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