Lira defende limitar ações no STF e fala em ‘subir o sarrafo’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), expressou seu desejo de aumentar os requisitos para a proposição de ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal, inclusive contra decisões do próprio parlamento. Segundo Lira, "temos parlamentares que têm coragem de enfrentar esse tema".
No entanto, a mudança nas ADI exigiria a aprovação de uma emenda constitucional, com o respaldo de três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49), em dois turnos em cada casa parlamentar.
Reforma tributária
Lira prevê no seu mandato votar a regulamentação da
reforma tributária. A tramitação na Câmara dos Deputados não terá relator
único. “Nós vamos fazer grupos de trabalho com deputados que não tenham
interesses nas áreas que vão ser tratadas para que a gente faça um enxugamento
nos 500 artigos”.
Dos 513 deputados, 324 pertencem à Frente Parlamentar da
Agropecuária, com membros da base do governo e da oposição. Arthur Lira
prometeu que o agronegócio, assim como saúde e educação, terá tratamento
“diferenciado” na regulamentação da nova legislação dos tributos.
Diante da plateia ruralista, o presidente da Câmara ainda
criticou as manifestações ocorridas no Abril Vermelho, campanha tradicional pró
reforma agrária que esse ano promoveu 24 ocupações em 11 estados. “Essa
confusão de Abril Vermelho, a gente tem que desestimular que isso aconteça no
Brasil. A segurança jurídica no campo é a única coisa que o produtor precisa para
produzir, seja na pecuária, seja na agricultura.”(ABr)
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