Justiça nega prisão de dono de Porsche que matou trabalhador de aplicativo
Os investigadores do 30º Distrito de Polícia de Tatuapé solicitaram, na segunda-feira, 1º de agosto, a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, motorista do Porsche envolvido em um acidente fatal com um carro de aplicativo em São Paulo.
No entanto, a Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão temporária.
O condutor do veículo atingido, Ornaldo da Silva Viana, um motorista de
aplicativo de 52 anos, veio a falecer no acidente.
Ornaldo da Silva Viana era motorista de aplicativo | Imagem: Redes Sociais/Reprodução |
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Ornaldo da Silva
Viana, que conduzia um Renault, chegou a ser socorrido por populares e levado
para o hospital. Ele apresentava quadro de parada cardiorrespiratória e não
resistiu. Ornaldo era natural do Maranhão, mas vivia na cidade de Guarulhos, na
Grande São Paulo. Já o condutor do carro de alta performance é estudante de
engenharia em uma grande universidade da capital paulista.
O dono do Porsche
também é sócio de dois empreendimentos, fundados entre 2018 e 2020. Uma das
empresas presta serviços administrativos, e a outra atua na construção de
prédios residenciais e loteamento de imóveis. O pai de Fernando é sócio em
outros três empreendimentos.
A mãe do motorista,
que também estava no veículo, foi deixada em um hospital pela polícia. Mais
tarde, ao voltar ao centro médico a fim de fazer o teste do bafômetro — e ouvir
a versão do dono do carro de luxo —, mãe e filho não foram encontrados. Depois
de tentar contato telefônico, sem sucesso, a polícia passou a considerar que o
homem fugiu do local do acidente.
Em nota enviada à
imprensa, os advogados Carine Acardo Garcia e Merhy Daychoum, que representam
Andrade Filho, afirmaram que “suposições não devem ser realizadas, já que os
laudos periciais não foram concluídos” e que “não há evidências para prisão
temporária”.
A defesa também
alega que o motorista se apresentou voluntariamente à polícia e vai colaborar
com as investigações.
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