Jair e Michelle
Bolsonaro acionaram a Justiça exigindo um pedido público de desculpas do atual
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas acusações de que teriam
extraviado os móveis do Palácio do Alvorada, que foram encontrados no próprio
local. Além disso, o casal está solicitando uma indenização de R$ 20 mil por
danos morais. Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou sobre o
assunto.
Os 261 itens
desaparecidos foram localizados pelo governo no ano passado, cerca de 10 meses
após ter sido declarado o sumiço. Em janeiro de 2022, logo após assumir o
cargo, Lula e sua esposa, Rosângela da Silva, a Janja, alegaram o
desaparecimento dos objetos após a saída de Bolsonaro e Michelle do Alvorada.
Eles também destacaram o suposto mau estado de conservação em que teriam
recebido a residência presidencial.
Na ação protocolada
recentemente, o casal Bolsonaro pede uma indenização como medida educativa,
sendo que, se concedida pela Justiça, o valor será destinado ao Instituto do
Carinho, uma instituição beneficente em Brasília que acolhe crianças em
situações de vulnerabilidade social.
Além disso, Jair e Michelle solicitam que
Lula se retrate "na mesma proporção do dano que realizou", incluindo
uma coletiva de imprensa oficial no Palácio do Alvorada e uma retratação
perante a GloboNews e os canais oficiais de comunicação do governo federal.
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O pedido específico
para uma retratação pelo canal de televisão se deve ao fato de a primeira-dama ter
concedido uma entrevista exclusiva à emissora, em 18 de janeiro, na qual
mostrou o estado em que as instalações foram encontradas após a chegada do
casal.
AÇÃO INDENIZATÓRIA CASAL BOLSONARO X LULA
A informação sobre
a localização dos itens foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada
pelo Estadão, revelando que os objetos estavam em dependências diversas dentro
do Palácio da Alvorada. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da
Presidência explicou que os itens estavam "espalhados" pelo imóvel,
sem detalhar os locais.
A ausência do
mobiliário serviu como justificativa para o governo adquirir novos itens para a
residência do presidente. Em dezembro do ano passado, um levantamento realizado
pelo Estadão mostrou que o governo federal gastou R$ 26,8 milhões com reformas,
compra de novos móveis, materiais e utensílios domésticos para os palácios
presidenciais de Brasília em 2023.
Em uma nota técnica
emitida em fevereiro do ano passado para justificar a compra dos novos itens, a
Presidência mencionou que a "falta de mobiliário" colocava em risco a
segurança de Lula e Janja, que estavam "expostos" ao morar em imóveis
privados.
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