Número alarmante: Brasil registra mais de 600 amputações de pênis por ano


Levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia revela dados preocupantes sobre casos de câncer peniano

Um recente estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontou que nos últimos 10 anos mais de 6 mil homens no Brasil precisaram passar por amputações de pênis, totalizando uma média de 600 casos anuais. O câncer peniano surge como uma das principais razões para esses procedimentos.

O Ministério da Saúde destaca que, embora o câncer peniano seja considerado raro, sua incidência é mais significativa em homens com 50 anos ou mais, embora também possa afetar os mais jovens. Nas regiões Norte e Nordeste do país, o câncer de pênis é mais comum, representando 2% de todos os tumores que afetam homens nessas áreas.

Nos últimos 10 anos, aproximadamente três em cada dez pacientes diagnosticados com câncer peniano em estágio avançado acabaram passando pela amputação do órgão genital como parte do tratamento.

Prevenção e Identificação da Doença

O câncer de pênis muitas vezes se manifesta como uma infecção crônica do prepúcio, iniciando com uma ferida que não cicatriza e progredindo para úlceras ou lesões graves. A falta de higienização adequada da região é apontada como uma causa comum, favorecendo a proliferação de fungos e bactérias.

Outro fator de risco é a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), que afeta cerca de 9 milhões de brasileiros. O uso de preservativos e a vacinação contra o vírus são medidas preventivas fundamentais.

Tratamento na Fase Inicial e Fatores de Risco

O diagnóstico precoce é crucial para evitar a progressão do câncer e a subsequente amputação total do pênis, que acarreta consequências físicas, sexuais e psicológicas significativas. O urologista Maurício Dener Cordeiro, coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, destaca que, quando identificado precocemente, o câncer de pênis tem altas chances de cura e pode ser tratado de maneira menos invasiva, limitando-se à área afetada.

Fatores como baixas condições socioeconômicas e educacionais, estreitamento do prepúcio (em homens não circuncidados) e má higiene íntima aumentam o risco de desenvolvimento do câncer peniano. A conscientização sobre esses fatores e a busca por cuidados médicos preventivos são essenciais para combater esse problema de saúde pública.


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