Israel revela identidade de jornalista a serviço do Hamas em Gaza


O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-coronel Avichay Adraee, divulgou uma informação preocupante neste domingo (11). 

Segundo Adraee, Muhammad Samir Muhammad Wishah, que atua como "jornalista" na rede estatal de notícias do Catar, Al Jazeera, na verdade, tem ligações com o grupo terrorista Hamas. O Catar é conhecido por abrigar líderes do Hamas.

Imagens divulgadas pelo porta-voz mostram Wishah participando de atividades militares ao lado de membros do Hamas. Em uma publicação no Twitter, o tenente-coronel das FDI destacou: "De manhã, um jornalista da Al Jazeera e, à noite, um terrorista do Hamas". Ele explicou que a descoberta sobre a verdadeira identidade de Wishah ocorreu após a apreensão de um computador pertencente ao "jornalista" em um dos campos do Hamas, localizado no norte da Faixa de Gaza, algumas semanas atrás.

Após investigações, as FDI concluíram que Wishah, de 38 anos, é um "comandante proeminente do sistema de mísseis antiblindados da ala militar do Hamas" e que, desde o final de 2022, passou a trabalhar na área de pesquisa e desenvolvimento na Força Aérea do Hamas.

Adraee ressaltou que a investigação de inteligência realizada no computador revelou evidências que ligavam Wishah a atividades dentro do Hamas. O porta-voz alertou sobre a possibilidade de mais casos semelhantes no futuro: "Quem sabe quantos detalhes revelaremos sobre a presença de outros terroristas em trajes jornalísticos num futuro próximo."

A conta oficial das FDI em inglês compartilhou a publicação de Adraee, questionando a Al Jazeera sobre o envolvimento de seus jornalistas em atividades terroristas: "Ei, Al Jazeera, pensávamos que seus jornalistas deveriam fazer reportagens imparciais sobre as situações, e não participar ativamente na criação delas na linha de frente como terroristas do Hamas."

Até o momento, a Al Jazeera não se pronunciou sobre as acusações de Israel contra Wishah. A situação levanta preocupações sobre a integridade jornalística e a presença de indivíduos com ligações terroristas em veículos de mídia internacionalmente reconhecidos.

Jornalistas mortos em Gaza seriam terroristas da Palestina

Muhammad Wishah não seria o primeiro jornalista da Al Jazeera a atuar, também, como terrorista. Dois jornalistas mortos em janeiro em Gaza, durante ataque das FDI, também seriam membros de organizações extremistas.

Em 10 de janeiro, outro porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, apresentou documentos que comprovariam que os dois jornalistas seriam, na verdade, membros da Jihad Islâmica Palestina e do Hamas. Hamza Al-Dahdouh e Mustafa Thuray morreram em 7 de janeiro.

Sobre Hamza Al-Dahdouh, filho do principal correspondente da Al Jazeera em Gaza, Wael Al-Dahdouh, Hagari disse que os militares israelenses encontraram documentos internos da Jihad Islâmica, provando que ele fazia parte de suas fileiras terroristas.

Os documentos, escritos em árabe, informavam, segundo o Exército de Israel, que a Hamza trabalhava para a unidade de engenharia elétrica do grupo terrorista; que já havia servido como líder de batalhão terrorista na área de Zeitoun, no norte de Gaza; e que, na época de sua morte, era responsável pelo disparo de foguetes da Jihad Islâmica naquela região.

Sobre o outro jornalista, Mustafa Thuraya, Harari disse que documentos o ligam ao Hamas como vice-chefe de uma célula terrorista.

Na ocasião, a Al Jazeera negou que os dois fossem terroristas e acusou as FDI de atacar ilegalmente jornalistas palestinos. Entretanto, a rede de notícias não respondeu às acusações específicas do Exército sobre os dois homens.



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