Estado Islâmico assume ataque que matou 84 pessoas no Irã



Duas explosões mataram na quarta, 3, pelo menos 84 pessoas que participavam de uma cerimônia em homenagem a Qassem Soleimani

O Estado Islâmico assumiu nesta quinta-feira a responsabilidade pelas explosões que mataram pelo menos 84 pessoas em Kerman, no Irã.

Segundo a agência de notícias Reuters, o grupo terrorista revogou a autoria em um comunicado em seus canais afiliados do Telegram.

Explosões

Duas explosões mataram nesta quarta, 3, pelo menos 84 pessoas que participavam de uma cerimônia em homenagem a Qassem Soleimani (foto), general morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020. Outras 284 ficaram feridas, segundo a agência iraniana IRNA.

As explosões ocorreram na cidade de Kerman, no sudeste do país, onde o ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã está enterrado.

O serviço de emergência de Kerman afirmou que a primeira explosão aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do ex-general iraniano. De acordo com autoridades locais, a segunda explosão ocorreu minutos depois, próximo às primeiras equipes de emergência que chegaram ao local para socorrer as vítimas.

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A princípio, Babak Yektaparast, porta-voz dos serviços de emergência do Irã, disse que ao menos 73 pessoas morreram e 170 ficaram feridas. Mais tarde, a televisão estatal iraniana afirmou que pelo menos 100 pessoas foram mortas.

Nesta quinta, 4, o número de mortos em função das explosões foi revisado para 84.

Quatro anos da morte de Soleimani

Ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani morreu em janeiro de 2020 em um ataque aéreo com drones, no Iraque.

O governo americano assumiu a autoria do atentado, afirmando que o general tinha “planos para atacar tropas e diplomatas norte-americanos”.

Soleimani é considerado um herói nacional no Irã.

Desejo de vingança

Desde que Soleimani foi morto no Iraque, autoridades iranianas dizem abertamente que o regime do país deseja vingar a morte do general.

O general Amirali Hajizadeh, que comanda a Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã, afirmou em fevereiro de 2023 que o Irã mantém a expectativa de “poder matar” o ex-presidente dos EUA Donald Trump, autor da ordem do bombardeio em 2020.


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