43 esqueletos são encontrados durante obra de condomínio; VEJA
Ossadas de
43 pessoas foram localizadas durante escavações da construtora MRV em São Luís,
no Maranhão
Um novo
sítio arqueológico pode ter sido descoberto no Brasil. 43 esqueletos humanos e
milhares de objetos históricos foram encontrados durante uma escavação em São
Luís, no Maranhão.
O que você
precisa saber?
• 43 esqueletos foram encontrados em uma
construção;
• Milhares de objetos também estavam no
local;
• Eles tem uma idade estimada entre 5 e 7
mil anos;
• Mas mais pesquisas são necessárias para
confirmar a importância desses achados.
O local
abriga a construção de condomínios residenciais da construtora MRV e uma equipe
de pesquisa arqueológica foi responsável por localizar os objetos, que ainda
estão sendo analisados e catalogados. Até o momento ainda não se sabe a idade
das peças e dos esqueletos.
Sem saber de
quando são é difícil estimar o quão importantes são os achados, mas a
quantidade indica que o local tem potencial para ser um sítio arqueológico.
Além das ossadas, os objetos incluem peças de cerâmica, carvão, conchas
decoradas e outros itens
As primeiras
análises, ainda de forma preliminar, mostram que os esqueletos eram de homens e
mulheres de baixa estatura que foram enterrados de forma proposital ali.
Algumas das peças têm datação estimada entre 5 e 7 mil anos.
O Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que os achados
podem mudar a história da arqueologia no Brasil. “Além da importância implícita
desses materiais, as datações [preliminares] realizadas oferecem novos
panoramas inéditos para a arqueologia do Maranhão e, consequentemente, do
Brasil”.
LEIA TAMBÉM:
Esqueletos e
peças novas são encontrados diariamente
A W Lage
Arqueologia é responsável por conduzir as pesquisas, o trabalho no local
começou desde 2019 e novas peças são encontradas a cada dia. Ainda podem levar
meses até que a datação das peças seja concluída.
O tamanho
dos achados é tão grande que a MRV está construindo um centro, por determinação
do Iphan, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), para que as peças e
esqueletos sejam abrigados.
A
construtora afirma em nota que “vivenciar estas descobertas foi incrível ainda
mais porque pudemos e poderemos contribuir para que mais pessoas tenham a
oportunidade de estudar e conhecer esta riqueza arqueológica de valor
inestimável”.
De acordo
com o G1, a MRV começou a licitação ambiental para a construção em 2019 e, na
mesma época, o trabalho arqueológico foi iniciado. Neste momento boa parte das
construções já estão em andamento e os pesquisadores vão liberando as áreas aos
poucos para que os prédios sejam erguidos.
Nenhum comentário