Lula termina 2023 com rombo próximo de R$ 145 BILHÕES nas contas
O 1º ano do 3º mandato
do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminará com um deficit próximo de
R$ 145 bilhões, ou 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto). Poderia ser maior, mas
o montante desconsidera o pagamento de precatórios que será custeado com
crédito extra de mais de R$ 90 bilhões.
Mesmo com a retirada
dessa cifra do cálculo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não cumpriu a
promessa de entregar um rombo fiscal próximo de 1% do PIB, algo perto de R$ 100
bilhões.
Em parte, o ministro
defende que a gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), entregou as contas
desarrumadas. Disse que teve que pagar Estados e municípios pela perda de
arrecadação com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O
valor foi de R$ 16,3 bilhões. Também afirmou que foi preciso elevar o valor do
Bolsa Família, o que também seria feito pelo governo anterior.
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A média das projeções
mais recente do mercado financeiro, divulgada na 3ª feira (26.dez.2023) pelo
Boletim Focus, indica que o deficit primário das contas do governo será de 1,4%
do PIB. A promessa de Haddad foi feita em janeiro, quando apresentou o pacote
de ajuste nas contas.
Haddad disse que o rombo
seria menor que 1% do PIB. Mas essa possibilidade está descartada. No último
Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, de novembro, o secretário do
Tesouro, Rogério Ceron, declarou que o deficit será em torno de 1,4%, ou de R$
140 bilhões a R$ 147 bilhões.
O Prisma Fiscal do
Ministério da Fazenda –que reúne mediana das projeções de analistas do mercado
financeiro– disse que o deficit fiscal será de R$ 147 bilhões.
Haddad declarou, em café
da manhã com jornalistas, que várias rubricas do Orçamento de 2023 estavam
“descobertas”.
O governo Bolsonaro
enviou o Orçamento de 2023 com um rombo de R$ 63,7 bilhões. Haddad citou que,
além do deficit previsto e a falta de recursos para o Bolsa Família, faltava
dinheiro para a Previdência Social. Segundo o ministro, não é uma reclamação ou
acusação ao governo anterior, mas “um dado real, concreto da realidade”.
Um fato é que as
despesas do governo cresceram acima da inflação. De janeiro a outubro, as
despesas subiram de R$ 1,578 trilhões em 2022 para R$ 1,668 trilhões, uma alta
real (considerada a inflação) de 5,7%. As contas do governo registraram deficit
de R$ 75,09 bilhões no período.
Com informações do Poder360
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