Brasil lidera lista dos 10 países com maior número de homicídios no mundo, mostra estudo da ONU
O Brasil assume a liderança entre os 10 países do mundo com os mais altos índices de mortes violentas, conforme apontado pelo Estudo Global sobre Homicídios divulgado pela ONU neste mês de Dezembro em Viena. Do total de 458 mil assassinatos registrados globalmente, impressionantes 10,4% ocorreram no Brasil, destacando a gravidade da situação.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) estima que, em 2021, o mundo testemunhou 458 mil homicídios, resultando em uma média global de 52 vítimas por hora. A taxa global de homicídios foi de 5,8 por 100 mil habitantes, com 81% das vítimas sendo homens e meninos.
Embora o relatório utilize 2021 como referência, é crucial notar que a origem dos dados não corresponde a um período específico, devido à falta de informações de alguns países para o ano em questão.
- 1- Brasil: 47.722 (2020)
- 2- Nigéria: 44.200 (2019)
- 3- Índia: 41.330
- 4- México: 35.700
- 5- África do Sul: 24.865
- 6- Estados Unidos: 22.941
- 7- Mianmar: 15.299
- 8- Colômbia: 14.159
- 9- Rússia: 9.866
- 10- Paquistão: 9.207
O contraste entre os números apresentados pela ONU e as estatísticas locais é notável. Enquanto o estudo da ONU aponta 47,7 mil homicídios para o Brasil em 2020, o Atlas da Violência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) registra 49,8 mil, uma discrepância de 4,5%.
Em 2021, o Ipea reportou uma redução de 4,05%, totalizando 47,8 mil homicídios. No mesmo período, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública relatou 47,5 mil mortes, divergindo dos dados do Ipea, que registraram 48,4 mil em 2021 e 50,4 mil em 2020.
De acordo com o Anuário, a taxa de mortalidade no
último ano situou-se em 23,4 para cada grupo de 100 mil habitantes, marcando a
menor desde 2011, quando o fórum começou a monitorar esses dados. O estado do
Amapá apresentou a maior taxa de mortes violentas, com 50,6 por 100 mil
habitantes, mais que o dobro da média nacional. A Bahia, sob comando do PT,
registrou uma média de 47,1, seguida pelo Amazonas, com 38,8. Em contrapartida,
as menores taxas foram observadas em São Paulo (8,4), Santa Catarina (9,1) e no
Distrito Federal (11,3).
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