Lula é o 1º presidente a reduzir presença feminina no STF


Chefe do Executivo teve duas chances de indicar mulheres para o Supremo, mas preferiu escolher homens

Com a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Inácio Lula da Silva será o primeiro presidente do Brasil a reduzir a presença de mulheres na Corte. Apesar das promessas de palanque, que vendiam o protagonismo feminino como símbolo da sua gestão, o petista vem provando que o jogo político é que dá as cartas em seu governo.

Neste seu terceiro mandato, Lula teve duas chances de indicar mulheres para ocupar cadeiras no Supremo. Mas preferiu eleger homens: primeiro, Cristiano Zanin; agora, Flávio Dino. O cenário não terá chance de mudança até o fim do seu mandato, em 2026. Isso porque o próximo ministro do Supremo a se aposentar será Luiz Fux, em 2028.

Em 11 meses de gestão, o chefe do Executivo está deixando uma marca registrada: a substituição de mulheres por homens em cargos de confiança.

Jogo político

Em menos de um ano, Lula duas ministras. No lugar, o presidente escolheu somente homens. Daniela Carneiro (Turismo) deixou seu lugar para Celso Sabino de Oliveira, enquanto que Ana Moser (Esporte) foi substituída por André Fufuca. Além disso, Rita Serrano foi obrigada a deixar a presidência da Caixa Econômica Federal para dar espaço a Carlos Vieira Fernandes.

O cargo de Rita Serrano foi moeda de troca entre Lula e Arthur Lira (PP-AL). Lula deixou a chefia da Caixa à disposição do presidente da Câmara dos Deputados para obter apoio na votação de medidas para ampliar a arrecadação do governo.

Outro alvo de Lira para assentar um seus aliados é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), comandado por Fernanda Pacobahyba. Há riscos de o governo Lula dar adeus a mais uma mulher.

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