Laudo médico apontava risco de morte do preso político Cleriston e família denuncia negligência
Um laudo médico datado de julho deste ano alertava
para o risco de morte de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Cleuzão do
Ramalhão, de 46 anos, caso permanecesse detido devido à gravidade de seu quadro
clínico. O documento, apresentado pela defesa do “patriota,” indicava uma
vasculite, uma inflamação nos vasos sanguíneos, afetando vários órgãos. Cunha
faleceu na segunda-feira (20) devido a um infarto fulminante enquanto estava no
banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 do Distrito Federal, no
Complexo Penitenciário da Papuda.
O histórico de saúde de Cunha incluía uma
internação de 33 dias em 2022 devido à Covid-19, desenvolvendo uma série de
comorbidades. Jane Duarte, viúva de Cleriston, relatou ter pedido socorro para
o marido durante sua prisão, fornecendo atestados médicos e laudos sobre sua
condição. “Sempre relatando sobre a saúde dele. Nada foi ouvido, nada foi
visto, nada,” lamentou a viúva, destacando que seu marido tomava nove
medicamentos diariamente.
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