Agência de classificação de crédito ‘derruba’ Magazine Luiza
A S&B Global Rating identificou incorreções no
mais recente balanço patrimonial da varejista
A S&P Global Ratings, agência de classificação
de crédito, colocou a nota de crédito nacional do Magazine Luiza em observação
negativa (Credit Watch), depois do erro contábil no recente balanço patrimonial
da empresa.
Para analistas da agência, apesar de as métricas
operacionais da Magazine Luiza terem uma evolução gradual, o ambiente econômico
e competitivo ainda é desafiador. Por isso, as métricas de alavancagem são fracas.
“Esperamos resolver o CreditWatch dentro dos
próximos 90 dias, quando tivermos mais clareza sobre os impactos dos ajustes em
nossa avaliação de crédito atual e sobre as potenciais implicações futuras”,
escreveram os analistas.
De acordo com a S&P, o recente “ajuste”
contábil feito pelo Magazine Luiza poderá impactar a avaliação da administração
e a governança da empresa.
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Na última terça-feira, 14, a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo contra a varejista.
O objetivo do processo é apurar a ressalva feita de
uma auditoria sobre o balanço patrimonial do terceiro trimestre da Magazine
Luiza.
Em comunicado na última segunda-feira, 13, a
varejista informou que foram identificadas incorreções em lançamentos contábeis
referentes a 2022 e aos dois primeiros trimestres deste ano.
O problema teria ocorrido em “notas de débito”, que
teriam sido emitidas e assinadas por fornecedores sem observar com pontualidade
as obrigações de desempenho.
A nota de débito é um documento contábil, que tem o
objetivo de efetuar o reembolso de despesas quando não há a necessidade de
emissão de uma nota fiscal.
As incorreções teriam um efeito total no patrimônio
líquido da empresa de R$ 829,5 milhões.
Todavia, a varejista afirmou que usará créditos
fiscais de R$ 688,7 milhões (R$ 507,4 milhões líquidos de impostos) para
amenizar o impacto no patrimônio líquido.
No fim das contas, uma redução de R$ 322,1 milhões
será feita no patrimônio líquido da empresa.
Apesar de o valor representar somente 3,4% do
patrimônio, os ajustes podem impactar negativamente a avaliação da empresa e
também sua avaliação de crédito.
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