RJ tem 35 ônibus queimados após morte de miliciano na zona oeste
Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como
Zinho, foi morto durante um confronto com policiais
Pelo menos 35 ônibus foram incendiados nesta
segunda-feira (23) na zona oeste do Rio de Janeiro depois de uma operação
policial que resultou na morte do sobrinho de um miliciano que atua na região.
Até o início da noite, não havia confirmação de pessoas feridas ou mortas nos
ataques.
Em contato com a CNN, a Polícia Civil confirmou que
a série de incêndios registrados tem relação com a morte do sobrinho do
miliciano Zinho, Matheus da Silva Rezende, durante um confronto com policiais.
Em publicação numa rede social, o governador
Cláudio Castro (PL) celebrou a operação após o episódio com os ônibus e disse
“o crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado”.
Os veículos incendiados afetam a circulação na zona
oeste, região mais populosa da capital. Segundo a MobiRio, as linhas do
corredor Transoeste estão interrompidas por questão de segurança pública.
Segundo Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus, o
episódio evidencia “a inação do Estado diante desses episódios de violência
extrema, e que o direito de ir e vir do cidadão é esquecido. O Rio Ônibus mais
uma vez repudia com veemência o ocorrido, e apela às autoridades públicas para
que tomem uma providência com urgência. É preciso dar um basta nessa situação”.
Para Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio, os
responsáveis pelos incêndios, além de bandidos, são burros.
“Quando o sujeito além de bandido é burro.
Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo
para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para
piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que
não queimem mais ônibus”, afirmou Paes.
“Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas
que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das
forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da
Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”, prosseguiu.
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