Petrobras paga R$ 4 milhões à Globo por um comercial de 2 minutos no Jornal Nacional
Propaganda da estatal no Jornal Nacional gerou
polêmica nas redes sociais
Muitos telespectadores que assistiam ao Jornal
Nacional na última terça-feira 3 foram surpreendidos por um comercial da
Petrobras. A estatal pagou à Globo quase R$ 4 milhões pela publicidade, segundo
reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
A propagada foi veiculada entre a escalada e as
notícias apresentadas por William Bonner e Renata Vasconcellos.
O comercial durou 120 segundos, o que é considerado
um intervalo bastante longo para o padrão de publicidade na televisão – os
comerciais costumam ter 30 segundos, no máximo um minuto.
A propaganda era uma peça especial em comemoração
aos 70 anos da empresa estatal, comemorados neste ano.
O formato inédito na história da emissora foi
negociado diretamente entre a Petrobras e a Globo.
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De acordo com informações disponíveis no site
comercial da Globo, a peça foi um chamado “golden break duplo”, por ter o dobro
de tempo de uma publicidade vendida nesse espaço e que costuma ter de 30 a 60
segundos de duração.
O golden break é uma prática publicitária em que
uma empresa paga para ter um comercial na TV com apenas sua marca, sem outros
anunciantes, sejam concorrentes ou não.
Todas as emissoras têm essa venda, principalmente a
Globo. Segundo reportagem da Folha, o intervalo exclusivo do Jornal Nacional
tem um preço fixo estipulado em tabela comercial e não são concedidos descontos
na negociação.
O custo desse tipo de comercial no Jornal Nacional tem um custo em torno de R$ 1,9 milhão. Como a Petrobras optou pelo dobro do tempo, a empresa pagou cerca de R$ 3,8 milhões para a Globo.
Comercial e repercussão
Intitulado como “A Energia do Amanhã”, a peça
publicitária foi produzida pela agência Ogilvy.
O comercial propõe uma viagem no tempo para contar
a história e os momentos marcantes das sete décadas de evolução e transformação
da Petrobras.
O comercial gerou polêmica nas redes sociais.
Muitos setores questionaram a parceria entre a Globo e o governo Lula.
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