Os métodos de Lula e Hamas de inflar números de vítimas
Petista aplica contra Israel o expediente que
confessou em 2014, acusando, na prática, o Estado judeu de matar "milhões
de inocentes"
Lula seguiu o caminho oposto ao do New York Times.
O jornal admitiu o erro de basear sua cobertura da
Faixa de Gaza “em alegações de funcionários do governo do Hamas”, porque, para
culpar Israel, eles desinformam sobre a origem dos mísseis e o número de
mortos, como aconteceu no caso do hospital.
O presidente do Brasil, ao contrário, resolveu
inflar os números falsos para acusar um genocídio israelense: “Não é porque o
Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que Israel tem que matar milhões
de inocentes”, disse Lula nesta terça-feira, 24, em sua entrevista chapa-branca
semanal.
Se Israel tivesse matado “milhões” de inocentes, a
Faixa de Gaza, cuja população é de 2,1 milhões, estaria deserta. O Estado judeu
já teria sido condenado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra,
como aconteceu com o tirano russo Vladimir Putin (com quem Lula conversou na
véspera dessa declaração infamante, concordando com o fim dos bombardeios – não
na Ucrânia, claro).
“Espero que o Hamas tenha compreensão do erro que
cometeu”, amenizou o petista, saindo em busca da humanidade dos terroristas que
mataram 1.400 israelenses e três brasileiros, e sequestraram 210 pessoas. Na
“compreensão” deles, porém, não houve “erro” algum. Sempre defenderam o
extermínio de judeus, como praticaram em 7 de outubro.
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Na sexta-feira, 20, Lula havia usado dados
divulgados pelo “Ministério da Saúde de Gaza”, controlado pelo Hamas (como
também reconheceu a CNN Internacional), para lamentar a morte de “1.500
crianças” na Faixa.
“Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20
anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza”, disse
ele em vídeo, referindo-se à narrativa dos terroristas sobre 1.524 crianças
mortas. “Que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de
terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de
forma insana e as matasse”, acusou Lula. “Exatamente aqueles que não têm nada a
ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser
crianças”, completou o petista.
Foi um caso raro em que Lula arredondou para baixo
os números do Hamas. Talvez para compensar a diferença de 24 mortes, ele partiu
para a narrativa dos “milhões”.
“Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso
construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo”, confessou o
petista em maio deste ano.
Não é de hoje que a matemática de Lula segue um método
não científico.
Em 8 de abril de 2014, o petista explicou a
blogueiros amigos, durante coletiva, como mentia em outros países sobre a
realidade brasileira para comover plateias crédulas.
O próprio site oficial de Lula contém a transcrição
da conversa, incluindo o trecho que acabou viralizando em vídeo nas redes
sociais:
“Como eu fui oposição muito tempo, eu cansei de
viajar o mundo falando mal do Brasil, gente! Era bonito a gente viajar o mundo
e falar: ‘No Brasil tem 30 milhões de crianças de rua. No Brasil tem…’, a gente
nem sabia… ‘Tem nem sei quantos milhões de abortos.’ Era tudo clandestino, mas
a gente ia citando números, sabe? Se um cara perguntasse a fonte, a gente não
tinha, mas tinha que dizer números.
Eu não esqueço nunca. Um dia eu tava debatendo eu,
o Roberto Marinho e o Jaime Lerner em Paris. Aí eu tava lá falando, eu tinha
uns números, nem sei direito de que entidade que era, também não vou dizer
aqui, porque eu já tenho 68 anos, não vou… Mas eu tava dizendo: ‘Porque no
Brasil tem 25 milhões de crianças de rua’. Eu era aplaudido calorosamente pelos
franceses. Quando eu terminei de falar, o Jaime Lerner falou assim pra mim: ‘Ô
Lula, não pode ter 25 milhões de crianças de rua, Lula, porque senão a gente
não conseguiria andar nas ruas, Lula. É muita gente.’ (RISOS) Então, tem gente
que gosta de falar assim. Eu então, hoje, quando eu cito número eu quero saber
da fonte. Me dê a fonte pra eu não errar…”
A fonte atual de Lula é o Hamas. Mas ele não vai
dizer aqui, “porque” tem 77 anos. Lula vai citando os números, sabe? Até os dos
terroristas, ele vai inflando também.
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