Netanyahu: Objetivo da guerra é derrotar o inimigo e garantir existência de Israel



Premiê também falou em aniquilar o Hamas e libertar reféns

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado (28) que o objetivo israelense da guerra em andamento é “eliminar o Hamas e trazer os reféns para casa”, além de garantir a “existência” dos judeus.

Em discurso transmitido pela televisão, juntamente com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o líder opositor e membro do governo de emergência Benny Gantz, Netanyahu declarou que o Exército israelense “está pronto para lutar contra um inimigo feroz e cruel para vingar as atrocidades cometidas”, referindo-se aos ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel em 7 de setembro, nos quais 1.400 pessoas foram mortas e 229 foram sequestradas.

– Os soldados se comprometeram com os nossos filhos, com as nossas mulheres, com os nossos pais, com os nossos amigos. Temos de eliminar este mal do mundo para a nossa existência e para o bem de toda a humanidade – enfatizou Netanyahu.

– Nas primeiras semanas da guerra, bombardeamos o inimigo com ataques aéreos em massa e, nos últimos dias, ainda mais, para ajudar as nossas forças terrestres a entrarem em segurança – sublinhou.

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De acordo com Netanyahu, “a guerra dentro da Faixa de Gaza será dura e longa”.

– Mas estamos preparados. Esta é a nossa segunda guerra de libertação. Vamos lutar para proteger o país. E o faremos por terra, mar e ar. Eliminaremos o inimigo acima e abaixo da terra – ressaltou o premiê.

Netanyahu afirmou que “Israel está travando não apenas a sua própria guerra, mas a guerra de toda a humanidade contra ataques bárbaros”.

– Os nossos parceiros do mundo árabe acreditam e compreendem hoje que, se Israel não vencer, eles serão os próximos. Há momentos em que uma nação enfrenta a escolha de ser ou não ser. Estamos agora num teste. Estamos passando por esse teste. E não há dúvida de como vai acabar: nós prevaleceremos. Estaremos aqui e venceremos”, frisou.

– Desde o início da guerra, conseguimos consolidar um vasto apoio internacional, começando pelos Estados Unidos e pela Europa – disse Netanyahu, que se referiu ao apoio oferecido pelo presidente americano, Joe Biden, pelo francês, Emmanuel Macron, e pelos líderes de Alemanha, Holanda, Grécia e Chipre.

– Eles nos enviaram uma mensagem clara: não só os apoiamos, como também esperamos que vençam – relatou.

Netanyahu também se dirigiu às famílias dos 229 reféns retidos pelo Hamas, com as quais se encontrou nesta tarde, antes do discurso televisionado.

– O meu coração ficou partido ao falar com essas famílias de luto, mas continuo a dizer que, em qualquer fase até agora e em qualquer fase a partir de agora, faremos tudo o que pudermos para trazer de volta os nossos irmãos e irmãs. O sequestro deles é um crime contra a humanidade – afirmou o primeiro-ministro.

Netanyahu voltou a pedir para que a população da Faixa de Gaza evacue para sul, diante do avanço das tropas israelenses.

O Hamas está “cometendo crimes de guerra porque está utilizando pessoas como escudos humanos e hospitais como quartéis-generais e depósitos de combustível”, denunciou.

De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, mais de 7.703 pessoas morreram e mais de 18.967 ficaram feridas no enclave devido aos bombardeios israelenses desde o dia 7 de outubro.

*EFE

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