Toffoli, citado na Lava Jato e ex-advogado de Lula, anula provas da Odebrecht contra Lula


Toffoli usou o mesmo entendimento do ministro Ricardo Lewandowski e que livrou outros figurões da política

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anulou as provas da Lava Jato contra o presidente Lula que foram apresentadas pela construtora Odebrecht para corroborar acordo de leniência da empreiteira.

A defesa de Lula alegou que as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, usados pela Odebrecht, foram produzidas ilegalmente.

Esta mesma alegação foi acatada pelo STF para livrar da Justiça figurões enrolados na Lava Jato, com o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-senador petista Delcídio do Amaral e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Toffoli usou o mesmo entendimento do ministro Ricardo Lewandowski, agora aposentado.

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Crusoé lembra, no entanto, que Dias Toffoli foi citado na delação premiada do empreiteiro Marcelo Odebrecht.

“Em 2019, uma reportagem de capa da revista Crusoé apontou uma mensagem de Marcelo Odebrecht aos investigadores da Polícia Federal dizendo que o codinome ‘amigo do amigo de meu pai’ se referia a Dias Toffoli.”

O ministro deu 10 dias para que a Polícia Federal apresente “o conteúdo integral das mensagens apreendidas na ‘operação spoofing’, de todos anexos e apensos, sem qualquer espécie de cortes ou filtragem”. O material deve ser disponibilizado à defesa de Lula e de outros réus condenados com base no acordo de leniência da Odebrecht.

No despacho de Toffoli, sobrou também para a 13ª Vara Federal de Curitiba, que também tem 10 dias para apresentar “o conteúdo integral de todos os documentos, anexos, apensos e expedientes relacionados ao Acordo de Leniência da Odebrecht, inclusive no que se refere a documentos recebidos do exterior, por vias oficiais ou não, bem como documentos, vídeos e áudios relacionados às tratativas”.

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