‘Supremo legisla em nosso nome’, dizem parlamentares em protesto no STF
Manifestação atraiu homens, mulheres e crianças e contou com a presença do deputado Paulo Fernando (PL-DF) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE)
Uma multidão se reuniu em frente ao Supremo
Tribunal Federal (STF) para fazer orações e protestar contra o aborto, na noite
desta quinta-feira (14). Já ao final da tarde, enquanto os ministros julgavam
os presos do 08 de janeiro, o grupo começou a se organizar em frente ao Supremo
e foi ganhando adeptos. Estiveram na manifestação o deputado Paulo Fernando
(PL-DF) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Ao Diário do Poder, Fernado usou linguagem figurada
e disse que os ministros do STF são os “novos Herodes”.
“Herodes mandava matar as crianças até dois anos, o
que nós temos hoje são os novos Herodes. Então nós estamos aqui pedindo a
intercessão de Deus, junto aos novos Herodes, para que não possa manchar a
nossa terra de Santa Cruz com o sangue vermelho das crianças abortadas”.
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Sobre a descriminalização iminente no STF, o
deputado disse que lamenta “a ação que foi impetrada pelo PSOL, prevendo o
aborto livre até doze semanas. Se eles querem fazê-lo que, apresentem um
projeto de lei, uma propositura. Neste caso, o Supremo está usurpando a nossa
competência, está legislando em nosso o nome, o que é uma coisa lamentável. Isso
é ruim para o Estado Democrático de Direito”
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que “a
gente tem a obrigação de estar junto com o povo nesse momento, porque são
valores e princípios da nação brasileira que estão ameaçados”.
E continuou: “Essa é a causa das causas. É uma
criança assassinada e a saúde da mulher que fica com consequências emocionais,
mentais, psicológicas e até físicas, sem falar nas espirituais, paro o resto da
existência. São duas vidas que estão em jogo com uma decisão dessa do STF, que
usurpa mais uma vez o poder do Congresso Nacional. Então nós estamos
vigilantes, atentos, articulando, denunciando, e conclamando a população para
estar nessa causa das causas com a gente”, arrematou.
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