Preço dos alimentos vai subir até 8% em setembro devido à alta no diesel
Impacto maior recairá sobre setores de hortaliças,
aponta associação.
Os recentes reajustes no preço dos combustíveis —
16, 3% no valor da gasolina e 25,8% no diesel nas refinarias da Petrobras —
devem impactar o preço dos alimentos. A Associação Brasileira de Supermercados
(Abras) aponta que as primeiras semanas de setembro devem registrar um aumento
de 5% a 8% no valor dos produtos não industrializados.
Itens como hortifrutigranjeiros, que são de consumo
diário e não têm estoque, podem ser os mais afetados, com um aumento estimado
na mesma faixa percentual — 5% a 8%. Além disso, carnes, laticínios e alimentos
industrializados também devem ser afetados gradualmente por esses reajustes nos
combustíveis, o que terá efeitos na cesta de abastecimento dos lares.
A questão do preço do frete para os produtores
também é crucial, já que representa uma parte significativa do custo
operacional, chegando a até 50%. O repasse desse aumento reflete os custos
relacionados ao transporte de insumos, ao combustível necessário para as
máquinas agrícolas e ao frete para a indústria de processamento.
É por isso que o retorno de tributos sobre o diesel
previsto para o início de setembro também deve ter efeito nos alimentos. Com
essa medida, o diesel passa a ter PIS/Cofins de R$ 0,11 por litro em setembro e
mais R$ 0,03 por litro em outubro. Antes da mudança, o imposto estava zerado.
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