Pobreza na Argentina atinge mais de 40% da população, país é governado pela esquerda
Dados preliminares indicam crescimento no 1º
semestre de 2023 ante o mesmo período de 2022; país vive forte inflação
O índice de pobreza na Argentina atingiu 40,1% no
1º semestre deste ano. No mesmo período do ano passado, estava em 36,5%. O
aumento de 3,6 pontos percentuais representa, segundo o jornal, um crescimento
previsto de 1,7 milhão de pessoas pobres em todo o país.
Esses 40,1% são a média dos índices do 1º trimestre
(38,7%) e do 2º trimestre (41,5%). Os dados constam em relatório (PDF – 893 kB,
em espanhol) do Indec (sigla para Instituto Nacional de Estatística e Censos)
sobre o rendimento dos argentinos, divulgado na 5ª feira (21.set.2023). Os
valores consolidados devem ser divulgados na próxima semana, segundo o jornal
Clarín.
Ao Clarín, Martin Rozada, responsável pelo
relatório, afirmou que, com a margem de erro, o nível de pobreza do 2º
trimestre pode variar de 40% a 43%. Os dados contemplam 31 aglomerações
urbanas, que totalizam 29 milhões de pessoas. Se as percentagens forem
estendidas a toda a população (46,2 milhões), incluindo a rural, equivaleria a
quase 18,5 milhões de pessoas pobres.
O Indec diz que 62,4% da população argentina
recebeu alguma renda no 1º semestre de 2023. A média no 2º trimestre foi de
138,5 mil pesos argentinos (RS 1.954 na cotação atual).
INFLAÇÃO
A Argentina sofre com alta da inflação. O índice
anual avançou para 124,4% em agosto. O aumento foi de 11 pontos percentuais em
relação aos 113,4% registrados em julho. Eis a íntegra do relatório (PDF – 5MB, em espanhol).
A taxa mensal de agosto foi de 12,4%, quase o dobro
em relação a julho (6,3%). Esta é a inflação mensal mais alta do país em 21
anos.
Os setores de alimentos (15,6%) e saúde (15,3%)
puxaram a alta, enquanto os de bebidas alcoólicas e tabaco (8,5%) e comunicação
(4,5%) foram os mais baixos do período.
Para controlar a alta nos preços, o BCRA (Banco
Central da Argentina) aumentou em agosto a Leliq, taxa básica de juros do país,
em 21 pontos percentuais, subindo de 97% para 118%.
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