"Nos moldes nazistas", diz Flavio Bolsonaro sobre prisões do 8 de janeiro


A declaração ocorreu durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (26) que as prisões das pessoas acusadas pelos atos de vandalismo nos prédios da Praça dos Três Poderes ocorreram “nos moldes nazistas”. A declaração ocorreu durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

“Vamos caminhando que vocês vão entrar em um trem e vão fugir do regime nazista. Enquanto estavam lá, eram ligadas as câmaras de gás, e as pessoas morriam aos milhares. Muito parecido com o que aconteceu aqui nas prisões de 8 e 9 de janeiro. ‘Vamos aqui, vamos te colocar num ônibus para a Rodoviária para você voltar para sua casa.’ E o destino foi o presídio”, argumentou.

Filho de Jair Bolsonaro, o senador também usou o seu momento de fala para elogiar o general Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do ex-presidente. O militar foi convocado pela CPMI, onde negou conhecimento sobre a famigerada “minuta do golpe” e classificou a trama para plantar uma bomba no acesso ao aeroporto de Brasília como episódio “isolado”.

“Tratou-se de um incidente isolado, que não contou com a minha participação. Já esclareci que a partir da meia noite do dia 31 de dezembro de 2022, deixei de ser ministro de Estado. Daí em diante, deixei de fazer contato com os servidores do GSI e da presidência da República“, comentou.

O general também chamou de “fantasia” a hipótese de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, ter participado de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado.

“Eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. É fantasia“, disse, contradizendo delação de Cid à Polícia Federal.

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