Investimento direto no Brasil tem pior agosto desde 2020 ano de Pandemia


Entrada de recursos de janeiro a agosto também registrou o menor patamar em 3 anos, segundo dados do BC

O saldo de IDP (Investimento Direto no País) no Brasil registrou o pior agosto desde 2020, quando o indicador foi impactado pela pandemia de covid-19. O BC (Banco Central) registrou a entrada líquida de US$ 4,3 bilhões no mês, ante US$ 10 bilhões em agosto de 2022. A queda foi de 57,4%. Eis a íntegra do relatório divulgado pela autoridade monetária (PDF – 244 kB).

O IDP é diferente da entrada de recursos estrangeiros na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). Os dados do Banco Central demonstram o saldo da entrada e saída de recursos voltados para ganhos de longo prazo, como na área de negócios, empresas, aberturas de filiais multinacionais e obras de infraestrutura.

Segundo o relatório, houve ingresso líquido de US$ 5,2 bilhões em participação no capital e saída líquida de US$ 1 bilhão em operações intercompanhia.

Segundo o Banco Central, o investimento direto no país somou US$ 37,9 bilhões de janeiro a agosto deste ano, o que equivale a uma queda de 36% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando somou US$ 59,2 bilhões.

O valor registrado no acumulado do ano também foi o menor para o período desde 2020.

O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 65,9 bilhões (3,21% do PIB) em agosto de 2023, ante US$ 71,7 bilhões (3,53% do PIB) no mês anterior e US$ 64,9 bilhões (3,55% do PIB) em agosto de 2022.

CONTAS EXTERNAS

As contas externas do Brasil registraram deficit de US$ 778 milhões em agosto. O saldo negativo caiu em comparação ao mesmo mês de 2022, quando foi de US$ 7 bilhões.

A autoridade monetária calcula mensalmente as transações correntes do Brasil, considerando o saldo da balança comercial (exportações e importações), os serviços adquiridos por brasileiros no exterior e por rendas, como remessa de juros, lucros e dividendos para outros países.

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