Dívida Pública Federal cresce 2,01% em agosto ante julho, para R$ 6,265 trilhões
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 63,95 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 59,27 bilhões
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu
2,01% em agosto e fechou o mês em R$ 6,265 trilhões. Os dados foram divulgados
nesta quarta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em julho, o estoque estava em R$
6,142 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$
63,95 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 59,27
bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida
Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou 1,94% em agosto e fechou o
mês em R$ 6,028 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou
3,71% maior no mês, somando R$ 237,46 bilhões ao fim de agosto.
Parcela de títulos
Antes da redução da taxa básica de juros para
12,75% ao ano, definida na semana passada, a parcela de títulos da DPF
atrelados à Selic havia subido em agosto, para 41,39%. Em julho, estava em
41,20%. Já os papéis prefixados aumentaram a fatia de 24,65% para 25%.
Os títulos remunerados pela inflação reduziram para
29,61% do estoque da DPF em agosto, ante 30,21% em julho. Os papéis cambiais
oscilaram a participação na DPF de 3,93% para 4% no mês passado.
O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a
vencer em 12 meses apresentou alta, passando de 18,21% em julho para 21,53% em
agosto.
O prazo médio da dívida teve baixa de 4,06 anos
para 4 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF
subiu de 10,07% ao ano para 10,53% a.a. no mês passado.
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Participações
A participação dos investidores estrangeiros no
total da Dívida Pública subiu em agosto. De acordo com dados divulgados pelo
Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no
estoque da DPMFi passou de 9,22% em julho para 9,25% no mês passado.
No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque
de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 557,82 bilhões em agosto, ante R$
545,39 bilhões em julho.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou
com as instituições financeiras, com 28,96% em agosto, ante 29,21% em junho.
A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,10% para 24,90% no mês passado. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,12% para 22,63% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,06% para 3,93% na mesma comparação.
‘Colchão da dívida’
O Tesouro Nacional encerrou agosto com R$ 1,025
trilhão no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar
compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor
observado é 3,30% maior em termos nominais que os R$ 991,85 bilhões que estavam
na reserva em julho.
O montante, porém, ainda é 10,60% menor que o
observado em agosto de 2022 (R$ 1,146 trilhão).
O valor serve de termômetro para saber se o País
tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao
mercado para reforçar o caixa.
O montante de agosto era suficiente para cobrir
7,92 meses de pagamentos de títulos.
O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente
a uma reserva para três meses de vencimentos.
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