Valdemar, sobre operação contra Zambelli: “Barbaridade”


Deputada do PL é alvo de mandados de busca e apreensão

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, comentou nesta quarta-feira, 2, a operação da Polícia Federal (PF) que tem como alvo a deputada federal Carla Zambelli. Valdemar classificou a ação como “barbaridade”.

“Não respeitam os deputados que têm imunidade”, disse o presidente do PL à CNN. “Isso não tem como acabar bem.”

Valdemar Costa Neto também lembrou as buscas realizadas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. “É uma perseguição contra o PL, que não entendo como o Poder Judiciário não enxerga que isso não tem como acabar bem”, ressaltou Valdemar.

Operação contra Carla Zambelli

A deputada do PL recebeu a visita de policiais federais na manhã de hoje. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dela, em São Paulo, no gabinete da parlamentar e no apartamento funcional, em Brasília.

Oficialmente, a PF divulgou que foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão (três no DF, dois em SP) e um mandado de prisão preventiva. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por invadir celulares de autoridades envolvidas na Operação Lava Jato, também é alvo da PF. Ele foi preso nesta manhã, em Araraquara, no interior de São Paulo. Conhecido como “Vermelho”, Delgatti chegou a ser detido, em julho de 2019, durante a Operação Spoofing, que desarticulou uma “organização criminosa que praticava crimes cibernéticos”, de acordo com a PF.

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  • A PF investiga suposta atuação de Carla Zambelli e Delgatti na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

    Confira a nota da Polícia Federal

    As ações ocorrem no escopo de inquérito policial instaurado para apurar a invasão ao sistema do CNJ, que tramitou perante a Justiça Federal, mas teve declínio de competência para o Supremo Tribunal Federal em razão do surgimento de indícios de possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro.

    Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

    As inserções fraudulentas ocorreram após invasão criminosa aos sistemas em questão, com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita, conduta mediante a qual o(s) criminoso(s) passaram a ter controle remoto dos sistemas.

    Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

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