Senador diz que Lula quer recriar milícia extinta há mais de 200 anos


Izalci também questionou onde atuaria a ”milícia” proposta por Flávio Dino

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) criticou nesta terça-feira (15) o plano do Governo Lula de criar uma Guarda Nacional, idealizado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

“O Governo Lula quer construir uma milícia própria que, há mais de 200 anos, foi extinta no Brasil, ainda no Império”.

O senador questionou ainda onde atuaria a ”milícia” proposta pelo ministro.

“Nós não temos conflitos, e se tivermos, já temos quem nos protegerá. Sequer tivemos atentados terroristas há mais de 30 anos, porque no dia 8 não houve atentado terrorista, com bombardeios ou bombas. Ninguém morreu e não houve nada comparado a qualquer atentado terrorista no mundo ocidental”, lembrou.

Ao falar sobre a CPMI do 8 de Janeiro, Izalci lembrou que estão investigando as responsabilidades pelas depredações e ameaças, especialmente com relação ao Governo Federal, que se colocou como não responsável, mas que de fato tinha conhecimento, tinha responsabilidades e era dele o direcionamento exigido.

“O que aconteceu foi uma manifestação política que, por erros e omissões, fugiu ao controle, mas nunca foi atentado terrorista. Os senhores e as senhoras sabem disso. A mentira – repito – tem pernas curtas, e ao dizerem isso, serão no futuro cobrados”.

Durante discurso no plenário do Senado, Izalci falou fez alusão a países autoritários ao criticar a ideia de instituir uma Guarda Nacional com civis.

“Em alguns governos da América Latina, como Nicarágua, Cuba, Venezuela, além da Rússia, essa ideia prosperou e fez desses países ditaduras cruéis.

Izalci ressaltou que é preciso evitar que o mesmo aconteça no Brasil.

“Temos o Exército brasileiro, que sempre nos defendeu e garantiu nosso território em todos os conflitos. Temos a nossa Polícia Federal e temos, sobretudo, a Força Nacional, hoje composta por militares das Forças Armadas e policiais das forças locais e da Polícia Federal para agir juntos quando necessário”.

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