Sem limites, STF e Lula querem intimidar advogados que apoiam Bolsonaro
A Polícia Federal, que desde o dia 1º. de janeiro
de 2023 passou a cumprir ordens ilegais e servir como polícia política do
governo (antes disso estava servindo apenas ao STF), invadiu há pouco a
residência de um advogado que está tratando de um caso junto à essa mesma
polícia e a esse mesmo STF. O caso é o das “joias do Bolsonaro” – policiais e
juízes, além de incriminar o suspeito, querem agora incriminar também o
advogado do suspeito. Seria um recado aos advogados brasileiros em geral? Tipo:
“Cuidado com os clientes que vocês aceitam. Se algum deles estiver na nossa lista
negra, quem pode se complicar é você. Vamos fazer busca e apreensão na sua casa
às 6 horas da manhã, levar seu computador e celular e soltar a Rede Globo em
cima da sua vida”. Não se sabe. O que se sabe é que já existem no Brasil, além
de outros casos de duplicidade legal, dois tipos de advogados. A maior parte
não tem problemas. São os que não cuidam da área política, ou então trabalham
para o governo Lula e a sua gente – estes, aliás, estão sempre ganhando todas
na justiça brasileira. A segunda classe de advogados reúne os que defendem
acusados de “atos antidemocráticos” ou, pior ainda, de “bolsonarismo”. Estes
são tratados como se tivessem cometido os crimes de que os seus clientes são
acusados.
Imaginem se a PF tivesse invadido a casa do
advogado Cristiano Zanin, que defendia Lula nos seus processos por corrupção e
lavagem de dinheiro
A invasão da casa do advogado de Bolsonaro foi
feita, é claro, com uma ordem judicial. Mas e daí – que diferença faz? No
Brasil de hoje, por lei aprovada no Supremo, o judiciário não se limita a
julgar e a polícia a investigar. Viraram uma coisa só, e acrescentaram às suas
funções o papel de Ministério Público – de maneira que investigam, acusam e
julgam ao mesmo tempo. Este parece ser o sistema jurídico ideal para a OAB, o grupo
“Prerrogativas” do ministro Flávio Dino, que surgiu para defender as
prerrogativas de Lula e dos corruptos enrolados com a operação Lava Jato, os
“garantistas” etc. etc. etc. Não dizem jamais uma sílaba de protesto diante das
sistemáticas violações aos direitos dos advogados que defendem os perseguidos
pelo sistema Lula-STF. É uma surpresa, na verdade, que ainda não tenham lançado
uma “Carta Aos Brasileiros de Apoio aos Inquéritos Policiais em Defesa do
Estado Democrático de Direito”. A mídia, então, está à beira de participar das
batidas da Polícia Federal.
Imaginem se a PF tivesse invadido a casa do
advogado Cristiano Zanin, que defendia Lula nos seus processos por corrupção e
lavagem de dinheiro – o que iriam dizer a OAB, a imprensa e o Papa Francisco?
Mais: e se tivessem feito uma busca e apreensão nas residências de algum dos
advogados do indivíduo que quis assassinar o ex-presidente da República com uma
facada no estômago? Ou o “caso das joias” é mais importante que tentativa de
homicídio? No Brasil de 2023 há realmente duas categorias de advogados. Os que
estão do lado certo têm direito a tudo. A mulher do hoje ministro Zanin, para
ficar num exemplo só, tem catorze causas do STF do marido; ninguém acha nada
demais. Os que estão do lado errado têm direito à invasão de suas casas pela
polícia.
FONTE: GAZETADOPOVO.COM.BR
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