Revelado quanto recebem ONGs que atuam na Amazônia


CPI divulgou informações sobre organizações do terceiro setor

Documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, aos quais Oeste teve acesso, revelam quanto algumas organizações do terceiro setor que atuam na Amazônia recebem. A CPI quer mais transparência no Fundo Amazônia, abastecido majoritariamente com capital estrangeiro, e administrado pelo governo federal.

Nesta terça-feira, 22, a CPI ouviu Herderli Alves, líder do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro.

Conforme os papéis da CPI, o Instituto Socioambiental (ISA), recebeu cerca de R$ 70 milhões, em 2022. Do total de recursos, quase 90% veio de fora. O ISA tem ligações com o Ministério do Ambiente. Nomeado por Marina Silva, o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco, é um dos fundadores. O ISA foi um dos grandes críticos do governo Jair Bolsonaro.

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Em 2021, a ONG recebeu R$ 8 milhões, sendo 40% oriundo de capital estrangeiro e 50% de recursos brasileiros. A ONG se somou a outras em ataques a Bolsonaro.


Imazon

De acordo com a CPI das ONGs, em 2021, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) conseguiu aproximadamente R$ 20 mil, a maior parte do governo da Noruega. O bilionário George Soros também fez aportes na ONG, com um depósito de R$ 500 mil.

Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) obtido por Oeste afirma que o Imazon monitora a Amazônia, via satélite. “Utilizam técnicas desenvolvidas para detectar, quantificar e monitorar, por meio de imagens de satélites, estradas, comunidades tradicionais e tipologias florestais, entre outros aspectos”, diz a Abin. “Com financiamento estadunidense, o Imazon vem monitorando o espaço geográfico brasileiro. O sensoriamento remoto é feito por meio de satélites do projeto Landsat, pertencentes aos EUA.”


Ipam

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do qual Marina é conselheira, ganhou quase R$ 30 milhões, em 2021, segundo a CPI das ONGs.

Em maio deste ano, o Ipam saiu em defesa de Marina e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Isso porque, segundo o órgão, o Ministério do Meio Ambiente estaria sendo enfraquecido pelo Centrão.

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