Prefeito que votou em Lula se arrepende e diz: 'Com Bolsonaro, a gente não passou tanta dificuldade como hoje estamos passando com Lula'; VEJA VÍDEO!
André Alves, do município paraibano de Remígio,
afirma que o petista diminuiu o repasse de verbas para a região
O prefeito do município paraibano de Remígio, André
Alves, disse que sua cidade enfrenta dificuldades financeiras desde a vitória
de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022. O político
apoiou o candidato petista na disputa eleitoral do ano passado.
Em entrevista ao programa Se Liga na PB, Alves
afirmou que os municípios sofrem com a diminuição de recursos que deveriam ser
distribuídos pelo governo federal. O chefe do Executivo municipal disse que a
queda no valor é de aproximadamente R$ 300 mil.
“Com Bolsonaro, não passamos tanta dificuldade”, admitiu Alves. “O dinheiro era certo. Muito mais do que está vindo hoje. Não fui eleitor do Bolsonaro, mas não posso negar. O governo Lula não gosta muito dos municípios. Os recursos estão caindo a cada dia.”
Ao ser indagado se mudaria o voto nas eleições do
ano passado, levando em consideração os primeiros meses de mandato de Lula,
Alves respondeu que escolheria outro candidato. “Acho que sim”, considerou.
O prefeito de Remígio disse que, em razão da falta
de verba, precisou cortar empregos na administração pública. “Não há como pagar
a folha, e não há coisa pior que você não pagar o trabalho de quem passou 30
dias trabalhando”, observou, ao lembrar que funcionários ficaram três meses sem
receber. “Como você vive? Como está trabalhando, de segunda-feira a
sexta-feira, e, no fim do mês, não tem seu dinheiro?”
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Lula sancionou lei que diminuiu repasse para
municípios; prefeito de Remígio critica a medida
Em 28 de junho, o presidente sancionou o projeto de
lei complementar que estabelece uma redução gradual das verbas repassadas por
meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para as regiões que tiveram
redução populacional, segundo o Censo Demográfico de 2022.
A #população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente ao #Censo de 2010. Isso representa um acréscimo de 12,3 milhões de pessoas no período. Os primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022 foram divulgados hoje pelo #IBGE: https://t.co/AGRzjR9dMZ pic.twitter.com/iwoj1y2Vih
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) June 28, 2023
O texto estabelece que os parâmetros definidos para
os repasses em 2023 serão mantidos no cálculo para a distribuição dos recursos
em 2024. A redução ocorrerá de maneira gradual — durante dez anos.
O cálculo vai funcionar da seguinte maneira:
• 10% no ano seguinte ao da publicação da contagem populacional;
• 20% no segundo ano seguinte ao da publicação;
• 30% no terceiro ano seguinte ao da publicação;
• 40% no quarto ano seguinte ao da publicação;
• 50% no quinto ano seguinte ao da publicação;
• 60% no sexto ano seguinte ao da publicação;
• 70% no sétimo ano seguinte ao da publicação;
• 80% no oitavo ano seguinte ao da publicação;
• 90% no nono ano seguinte ao da publicação; e
• 100% no décimo ano seguinte; coeficientes fixados
conforme a população aferida no Censo.
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