Lula reverte superavit de Bolsonaro no período de janeiro a julho em rombo de R$ 77 bilhões
Em 2022, houve saldo positivo de R$ 78,8 bilhões;
com petista, em 2023, o rombo foi de R$ 77 bilhões
O governo federal registrou deficit primário de R$
35,9 bilhões em julho. No mesmo período do ano anterior, o superavit foi de R$
19,7 bilhões (ajustado pelo IPCA).
O resultado é o 2º pior da série histórica do mês.
Só perde para julho de 2020, quando o deficit foi de R$ 109,6 bilhões (ajustado
pelo IPCA).
O Tesouro Nacional divulgou o relatório nesta 4ª
feira (30.ago.2023). Eis as íntegras da apresentação (738 KB) e do sumárioexecutivo (302 KB).
O saldo primário é formado pelas receitas (na forma
de arrecadação de tributos) contra as despesas. Não contabiliza o pagamento com
os juros da dívida.
No acumulado de janeiro a julho de 2023, o deficit
foi de R$ 77 bilhões (ajustado pelo IPCA), o que corresponde a 1,3% do PIB
(Produto Interno Bruto). Em 12 meses, as contas tiveram saldo negativo de R$ 97
bilhões, 0,95% do PIB do período.
No acumulado de janeiro a julho de 2022, havia sido
registrado superavit de R$ 78,8 bilhões.
O resultado das contas públicas em julho foi pior
que a mediana da pesquisa Prisma Fiscal com o mercado, feita pelo Ministério da
Fazenda. O levantamento estimava deficit de R$ 6 bilhões.
David Athayde, subsecretário de Planejamento
Estratégico da Política Fiscal, disse a jornalistas que a queda forte na
receita do ano se deve a “fator pontual” gerado por receitas com petróleo em
2022.
Para o próximo semestre, Athayde diz esperar efeito
positivo com reoneração de combustíveis. O Tesouro estima que o país termine
2023 com deficit em torno de 1% do PIB.
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