Com Lula, Lucro da Petrobras cai quase 50% no segundo trimestre
Resultado reflete, entre outros motivos, a queda do
preço do petróleo no período, que recuou de US$ 113,78 por barril, no segundo
trimestre de 2022, para US$ 78,39 agora
A Petrobras fechou o segundo trimestre deste ano
com lucro líquido de R$ 28,7 bilhões, 47% a menos do que há um ano. O resultado
se deve a fatores como redução na produção de petróleo, queda na cotação
internacional da commodity e valorização do real frente ao dólar. É também
24,6% menor do que o registrado no trimestre imediatamente anterior, segundo
informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta
quinta-feira, 3.
O tombo no preço do petróleo no período chegou a
31,1%. Na comparação com um ano atrás pesam ainda os chamados “efeitos não
recorrentes”, receitas extras que a empresa teve em 2022 e que não se repetiram
dessa vez, como valores oriundos da venda de ativos e do acordo de
coparticipação em grandes campos do pré-sal (Sépia e Atapu).
Os dados mostram que também contribuiu para a piora
no resultado o recuo na receita com combustíveis, ligada às seguidas reduções
nos preços dos combustíveis da Petrobras, em que pese o aumento na produção das
refinarias. A receita com a venda de derivados do petróleo somou R$ 113,8
bilhões, um recuo de 33,4% frente ao segundo trimestre do ano passado.
Esse foi o primeiro balanço trimestral com a
diretoria escolhida por Jean Paul Prates à frente da companhia. Prates tem boa
relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas vem sofrendo fritura
política na Esplanada, sobretudo no Ministério de Minas e Energia, comandado
por Alexandre Silveira (PSD).
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Entre as rusgas, que começaram no início do ano,
durante negociação pelas indicações ao Conselho de Administração da estatal,
estão recentes acusações sobre baixa oferta de gás natural ao mercado nacional
e o volume de dividendos a serem pagos aos acionistas.
Nesta semana, porém, o ministro das Relações
Institucionais, Alexandre Padilha, disse publicamente que a cadeira de Prates
não entra na cota de acomodação política da base aliada do governo e, portanto,
não entra na reforma ministerial em discussão.
Os críticos do dirigente podem, agora, mencionar o lucro menor, mas os números já eram esperados pelo mercado financeiro em função da conjuntura e a leitura é que o resultado ainda é “sólido”.
Resultados
Além do lucro líquido de R$ 28,7 bilhões no segundo
trimestre do ano, a receita de vendas no período caiu 33,4%, para R$ 113,8
bilhões, frente ao segundo trimestre de 2022.
Já o Ebitda, que mede a capacidade de geração de
caixa da companhia, ficou em R$ 56,6 bilhões, uma queda de 42,3% contra o
segundo trimestre do ano passado.
A dívida bruta da Petrobras alcançou US$ 57,9 bilhões no segundo trimestre de 2023, uma alta de 8,2% em relação à igual período do ano passado e 8,7% acima do registrado ao fim do primeiro trimestre do ano, em 31 de março. Já os investimentos ficaram em US$ 3,2 bilhões, uma alta de 5,5% ante o mesmo período do ano passado e 30,5% na comparação com o primeiro trimestre.
Gosto das notícias, mas ODEIO o fato deste jornal JAMAIS colocar carimbo de data e hora nas matérias publicadas. Quebra toda a compreenção da linha do tempo. É proposital ? É descuido ? É erro ? É incompetência ? Ou falta de profissionalismo mesmo ? As matérias ficam "apócrifas" temporalmente. Consertem isso...
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