Janja liga privatização da Eletrobras a apagão. O que ela sabe a respeito?


A primeira-dama foi lembrada de que problemas ocorriam na era estatal da empresa — inclusive com apagões durante gestões do PT

A primeira-dama da República, Janja da Silva, resolveu associar — ou ao menos tentou — o processo de privatização da Eletrobras com o apagão ocorrido em boa parte do Brasil nesta terça-feira, 15. Pela manhã, o Distrito Federal e cidades de 24 Estados enfrentaram queda de energia elétrica.

“A Eletrobras foi privatizada em 2022”, informou Janja, ao usar a rede social X (antigo Twitter). Além disso, a primeira-dama seguiu com frase que caracteriza o tom irônico usado por usuários da plataforma: “Era esse o tuíte.”

Janja não explicou, contudo, que o projeto de desestatização da Eletrobras, ocorrido durante a gestão de Jair Bolsonaro, manteve o governo federal como principal acionista, com 34,85% das ações. Desde janeiro, a saber, o governo federal está sob comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus aliados.

Na tentativa de associar a privatização com o apagão de hoje, Janja, que é formada em sociologia e ciências sociais pela Universidade Federal do Paraná, também não detalhou os seus conhecimentos na área de distribuição de energia elétrica — e nem quais as reais hipóteses para o problema da manhã desta terça.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que vai falar sobre o apagão em entrevista coletiva a partir das 16h30. Até agora, o ministro não associou o problema com a privatização da Eletrobras.

Deputado lembra Janja: teve apagão antes da privatização da Eletrobras (e durante governos do PT)

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também usou o Twitter para lembrar a primeira-dama de problemas no fornecimento de energia elétrica no Brasil antes da privatização da Eletrobras.

Por meio de print de um infográfico, Ferreira destacou, inclusive, que o apagão teve vez em ao menos quatro oportunidades durante gestões anteriores do PT. Em dezembro de 2012, por exemplo, uma interferência provocou o desligamento da proteção de geradores da usina de Itumbiara (GO).

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